Nos últimos anos, como já escrevi aqui no blog, fui “baixando” os tênis por uma questão de gosto pessoal, adaptação e melhora do rendimento. Os resultados foram aparecendo, sem qualquer dor no joelho ou tornozelo. Apenas aquelas musculares normais. Tanto da transição para esses modelos quanto após um esforço maior ou um recorde pessoal.
Tinha corrido até o momento com um tênis com drop zero, o Go Bionic, da Skechers. Além de outros mais baixos, tenho também um Nike Free 3.0. Nos dois casos, não os uso para provas ou treinos de velocidade por uma questão também pessoal (gosto é gosto!): acho-os macios, por mais louco que isso possa parecer para a maioria que está lendo esse texto. Prefiro “sentir” o chão no dia de correr forte, seja em intervalados ou provas.
Assim, meu preferido tem sido o Gazzelle (infelizmente, não encontrado aqui no Brasil), que tem drop de 4mm, mas é bem baixo. Quando contei ao pessoal da Adidas que havia comprado um nos Estados Unidos e feito até maratona com ele, brincaram comigo sobre a “loucura”. Dos 5 km aos 42 km, está aprovado.
Qual era o meu pensamento: se o que importa é a técnica da corrida, a forma como você inicia a pisada, então, um drop (a diferença de altura entre a parte traseira e dianteira do tênis) de 4mm, 9mm (como o Adios), pouco importaria, certo?
Nesse ponto, entra o ‘mea culpa’. Ganhei do Sérgio Rocha dois modelos de competição da Mizuno, o Evo Levitas e o Cursoris, com drop zero. Calcei e fui para a pista de atletismo. Intervalados de 16x400m e, depois, em outro dia, um ritmo forte. Antes de qualquer coisa, um parênteses. São baixos, no chão, exigem adaptação. Tudo isso tem de ser levado em conta. Não dá para quem não está acostumado, sair para a “pancadaria” do dia para a noite. Porém, senti diferenças. E bem positivas.
Farei mais experiências com o drop zero. Mas, admito, tive um novo aprendizado na corrida. Estou mudando meus conceitos nesse ponto.