Notícias admin 4 de outubro de 2010 (0) (116)

Estréia na Maratona de Buenos Aires, em família

A idéia para enfrentar esse desafio em família surgiu em maio deste ano, após participarmos da Meia-Maratona de Porto Alegre (onde moramos). Optamos por Buenos Aires por sabermos de seu percurso plano e por acontecer numa época de temperatura propícia para se correr uma maratona.

De nós três, apenas meu pai é corredor mesmo, e dos bons, com participação freqüente em provas, inclusive com direito a pódios em sua categoria (66 anos). Ele foi nosso grande motivador e incentivador para decidirmos encarar os 42 km, tendo como base nossos tempos de futebol e mais recentemente algumas corridas.

Maratona escolhida, tínhamos quase 5 meses de treinos pela frente, com dois durante semana (10 a 15 km) e um longo nos finais de semana (20 a 35 km ). Meu pai conseguiu manter-se em dia com a planilha, mas eu e meu irmão, por termos uma vida profissional com algumas viagens, nem sempre conseguíamos conciliar o trabalho e os treinos, mas procurávamos no mínimo fazermos os longos no final de semana, evoluindo gradativamente na distância e tempo.

Os treinos iam bem até agosto, quando no inicio de setembro tive uma fascite plantar, que me obrigou a parar de correr por três semanas e a voltar bem devagar, devido às dores no pé. Tínhamos dois objetivos para Buenos Aires: chegar em menos de 4 horas e não caminhar. Com a lesão meus planos mudaram e a meta passou a ser apenas terminar…

FRIO E CHUVA. Estava 15 graus e chovendo, quando largamos às 7h30. A família correu junta só no começo, porque a partir do km 2 meu pai e meu irmão foram aos poucos se distanciando. Passei a correr com novo amigo, Alessander, para fazermos uma prova de chegada.

 Só que já na altura do km 5 as dores no pé começaram. Apesar disso, íamos tranqüilos a 6:30 por km. Passamos a metade da maratona em 2h19 e estava bem "muscularmente", apenas as dores nos pés continuavam; usava uma palmilha especial que me machucava e dessa forma no km 28, ao encontrar novamente minha esposa Luciane decidir trocar de palmilha. Só que não ajudou muito…

Mesmo com esse problema, estava convencido de que não desistiria, que lutaria até o final. Quando alcancei o km 40, não tive mais dúvida e até tentei apertar o ritmo, mas não agüentei. Enfim a reta final, o túnel do pórtico de chegada… A felicidade era muito grande, a adrenalina explodindo. Terminei em 4h41, enquanto meu pai e irmão em 3h53. O campeão em Buenos Aires foi o Marroquino Abdelhakin El Falhi com 2:22:01. Em segundo chegou Cae­tano dos Santos (2:23:02) e Giliard Pinheiro (2:28:57), ambos brasileiros. A campeã foi a argentina Sandra Torres (2:48:04).

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