20 de setembro de 2024

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Notícias admin 4 de outubro de 2010 (0) (82)

Estréia em grande estilo: em Nova York!

Treinei com a equipe do Adauto Domingues e me preparei para correr minha primeira maratona em grande estilo: na mais famosa. Fiquei impressionada com a receptividade dos americanos com os participantes do evento. Quando fui à feira buscar o chip e o número de peito, no ônibus, metrô e até na rua, as pessoas, quando viam a sacola com o logo da maratona, nos desejavam boa sorte.

O jantar de massas, na véspera, foi muito bem organizado. Apesar da multidão, a fila andava rapidamente e todos conseguiam um lugar pra sentar e comer na tenda que foi armada no Central Park.

Uma das minhas preocupações era com a temperatura, que nos anos anteriores foi muito baixa, mas no dia estava muito boa (em torno de 13°C). O cenário da largada é magnífico e ao som de Frank Sinatra cantando New York, New York, é difícil não se emocionar diante do mar de corredores (40 mil) que cobre a ponte Verrazano.

Do momento do tiro de largada até a hora que cruzei o tapete do chip se passaram 20 minutos e tinha muita gente ainda atrás de mim. Durante todo o percurso eu via pessoas torcendo, gritando, cantando, chorando, crianças dando doces, esticando as mãozinhas pra que os corredores batessem nelas, enfim, uma festa maravilhosa, digna de Nova York.

Fiquei impressionada com o calor humano que encontrei na corrida e mais ainda com a organização que milha a milha colocou água e Gatorade, muitos banheiros durante o percurso, postos de emergência etc. Quando cheguei ao Central Park a festa que encontrei foi ainda maior, todos dando força pra continuar (o que naquela altura do campeonato era fundamental) e não desistir. Quando avistei o relógio da chegada não pude conter a emoção e faltando poucos metros um fiscal me viu emocionada e disse "Good Job" (Bom trabalho), então estufei o peito, abri um sorriso e a bandeira do Brasil que havia levado comigo e cruzei a linha de chegada como se fosse a grande vencedora. Logo vieram colocar a medalha no meu pescoço e me cobrir com aquele cobertor térmico. Pronto, agora eu já estava vestida para o pódio. Me tornei maratonista!

* Ariani de Oliveira Gama é assinante de São Paulo, SP

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