Notícias André Savazoni 30 de setembro de 2019 (0) (199)

Erica de Sena perde pódio para equipe chinesa na marcha atlética

A pernambucana Erica Rocha de Sena teve uma boa performance na disputa da marcha atlética 20 km no Mundial de Doha, no Catar, correndo sempre no pelotão dianteiro, mas enfrentou a equipe da China e ficou em quarto lugar, bem perto da medalha de bronze, com 1:33:36. A prova, que começou a um minuto para a meia noite local de domingo (dia 29), foi realizada em um circuito montado em Corniche, região turística de Doha, à beira mar no golfo pérsico, com temperatura de 32 graus (sensação de 37) e umidade de 75.2.

A brasileira Viviane Lyra (FECAM) foi desqualificada, após advertências da arbitragem.

O pódio teve as chinesas Hong Liu (1:32:53) com o ouro, Shemjiie Qieyang (1:33.10) com a prata e Liujing Yang (1:33:17) com o bronze.

“Faltou um pouquinho para eu ganhar uma medalha para o Brasil”, disse a brasileira, que ficou a 29 segundos do bronze. “É a segunda vez que isso acontece. E estou fazendo tudo o que tenho de fazer”, disse Erica, que também foi quarta colocada no Mundial de Londres, em 2017.

Erica (Orcampi), que treina com o marido e técnico Andrés Chocho, em Cuenca, no Equador, comentou que a prova foi diferente do que imaginou. Começou muito lenta, mas as chinesas aceleraram muito, “do nada”. “Muito lenta no início – na verdade, estava todo mundo muito assustado com o clima, depois dos 50 km da véspera. Mas a partir da metade eu me desesperei porque sabia que elas iriam acelerar muito”, observou. “Tentei acelerar para manter o ritmo. Não dá para ir para a frente sozinha nessas provas e, no fim, tive de fazer a estratégia delas (chinesas) também.”

Erica passou em 4º no km 5, em 7º no km 10 e em 4º no km 15, colada nas chinesas. Mas nas últimas voltas Hong Liu disparou e abriu vantagem e as outras duas atletas da China mantiveram suas posições. “Eu estava muito bem nos primeiros 12, 13 km, mas começou a apertar muito e a perna já não respondia, começou a pesar, tentei continuar brigando, brigando… O tempo daqui realmente foi o fator preponderante para tornar essa prova diferente.”

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