Notícias admin 4 de outubro de 2010 (0) (118)

Em Amsterdã, um final apoteótico

Pois bem, com Amsterdã na agenda, hotel reservado e passagem comprada, embarquei 5 dias antes para me juntar à minha turma, que aproveitou para passar pela França e Bélgica, antes. Éramos 5 corredores da equipe, sendo que 4 iriam correr a meia e um a maratona, além de dois amigos, também corredores da meia.

Amsterdã (www.ingamsterdammarathon.nl) oferece três provas no mesmo dia (19/10 este ano): 7,5 km, meia e maratona. O tempo estava bom, um pouco frio, afinal estávamos no outono, e a cidade mais bonita ainda com as folhas alaranjadas e avermelhadas caindo das árvores. Tivemos tempo de curtir as atrações, que são muitas, tais como andar de barco pelos canais, visitar museus, passear pelos parques, curtir o dia, e à noite visitar o famoso bairro da luz vermelha, onde as moças da mais antiga profissão do mundo se expõem em vitrines, para deleite de transeuntes avisados ou não… aliás.

Amsterdã é pródiga em curiosidades. Nosso jantar de massas no sábado anterior à prova, por exemplo: reservei para o grupo um restaurante italiano com hora marcada – de 18 às 21 horas – pagamos um preço fixo que nos deu direito a entradas variadas e três pratos de massas, um vegetariano, um com camarões e outro com frango, sobremesas e uma garrafinha do famoso licor de limão italiano… até aí, nada demais. Detalhe: às 19 horas, as garçonetes se apossam do microfone e começam, cada uma por sua vez, a entoar lindas canções românticas, de operetas e musicais, com vozes afinadíssimas e muito charme. Ficamos maravilhados e imaginando que o teste para garçonete, ali, deveria ser o mais difícil do mundo.

De lá, a pé e bonde para o hotel, onde nos aguardava uma boa noite de sono. No dia seguinte, o dia D, nosso treinador saiu bem cedo para participar da maratona, e os demais, eu incluído, nos reunimos às 11 horas para partirmos, de metrô, para nossa prova, com largada marcada para as 14 horas. O dia estava muito bonito e a temperatura, perfeita, por volta dos 15 graus. O legal das provas é que todas terminam dentro do estádio olímpico de Amsterdã, embora cada uma tenha sua partida em um local diferente.

À noite fomos a um pub irlandês comemorar a conquista de mais uma etapa – a de chegar inteiro e vivo ao final da prova. Meu sonho, ou melhor, meu objetivo, era fazer um tempo pelo menos parecido com o meu melhor em meias-maratonas, o que tinha ocorrido em Tromso, na Noruega, na Meia do Sol da Meia-Noite, um ano antes. Infelizmente não consegui; tampouco foi possível melhorar meu resultado da mesma prova, em Amsterdã, dois anos antes: fiz 4 minutos a mais. Mas não tem problema; tenho mais um motivo para treinar para o meu próximo desafio, que é correr a Meia de Gotemburgo, na Suécia, em maio, uma das maiores do planeta, com algo em torno de 40 mil corredores!

Ivan Curtiss é assinante de Belo Horizonte

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