SEM FLEXIBILIDADE. A estrutura da prova caiu muito em relação ao ano anterior, com a redução de número de postos de hidratação com repositores de eletrólitos (isotônico ou água de coco). Em 2016, havia ao menos dois postos de cada. O que ajudou desta vez foi o clima ameno.
A empresa organizadora parece estar mais preocupada com os "pipocas" do que com os inscritos. Realizar a entrega dos kits do outro lado da cidade (na Barra da Tijuca), com um grande deslocamento, ainda mais por se tratar de uma corrida com muitos turistas que não conhecem a estrutura de transporte público carioca, gera um custo adicional.
A separação por baías na largada impediu que amigos pudessem largar juntos (NR: para solucionar, basta o mais rápido largar na baia mais lenta, do amigo). Poderia haver uma maior flexibilidade por parte dos organizadores na divisão dos blocos. Nem sempre o que a pessoa diz ser o ritmo no momento da inscrição condiz com a verdade. A falta de banheiros durante o percurso também é um fator a se analisar.
Jean Zonta, de Curitiba
"PIPOCAS" FORA! Corro desde 2012 a Meia do Rio. Foi a minha sexta participação seguida. Em relação às edições passadas, esteve um pouco melhor. Largada mais cedo, por exemplo, mas claro que ainda não é o ideal. Para mim, deveria começar entre 7h e 7h30. Vi muita gente reclamando de falta de isotônico no percurso, mas não tive esse problema. Aquela volta no Aterro do Flamengo me "matou", mas faz parte do percurso. A única coisa que não achei muito legal foi a forma truculenta que estavam tirando os "pipocas", mas cada empresa sabe o que faz. No geral, gostei muito da corrida.
Lúcio Rocha, do Rio de Janeiro
KIT DISTANTE. Para mim, o único problema da prova foi a retirada do kit. Independentemente de como você chegue ao Rio de Janeiro (carro, avião ou ônibus), o local é muito longe (na Barra da Tijuca) e dificulta demais o acesso. Um kit comum sem qualquer atrativo especial, mas não significa ruim. A prova foi boa, o clima favoreceu muito. A largada por setores funcionou. Não vi acúmulo de gente (pelo menos no meu setor, o laranja). Hidratação perfeita. Pós-prova também muito bom, sem exigir grandes deslocamentos dos participantes. Uma meia-maratona nota 9.
Ralph Tacconi, de São Paulo
CORREU TODAS! Tenho 48 anos e participei de todas as edições da Meia-Maratona Internacional do Rio. Foram meus primeiros 21 km em 1997, no meu segundo ano como corredor. Comecei a participar de provas de rua em janeiro de 2006, na Corrida de São Sebastião, quando saía da Glória e terminava no Célio de Barros.
Sou meio suspeito para falar da Meia do Rio, pois sou fã incondicional. Sabe aquela coisa de pai que não vê defeito no filho? Digo sempre que é a minha prova.
Todos reclamam muito do horário da largada, que é tarde demais para corridas de rua no Rio de Janeiro, além da volta no Aterro do Flamengo. Na realidade, acho que uma coisa está vinculada à outra, pois, por ser tarde, a volta no Aterro pode ocorrer em uma situação de muito calor, o que não aconteceria se a largada fosse às 7h.
Mas a Meia do Rio é famosa porque tem transmissão da Globo, com corredores internacionais disputando para valer. Então, não tem muito como fugir do horário tarde da grade da TV; o negócio é curtir a festa e fazer uma estratégia diferenciada.
Para quem busca tempo, é uma prova dura, que começa subindo por dois quilômetros na Avenida Niemeyer, quando o corpo ainda está frio. Se forçar muito no início, vai pagar lá na frente. Eu digo que esse trecho está para a Meia do Rio assim como a Brigadeiro Luis Antônio para a São Silvestre. Depois disso, tem o vento de Copacabana, que costuma soprar contra os corredores; tem o próprio número elevado de participantes, que pode prejudicar e, por fim, o calor do Aterro do Flamengo.
Em compensação, tem a festa dos corredores de todas as partes do Brasil, tem a torcida ao longo de quase todo o percurso e um visual que não canso de admirar. A infraestrutura é perfeita, não falta água e tem Gatorade bem no meio da prova. Recomendo para que quem nunca fez: venha para essa festa, ao menos uma vez; vai querer voltar, tenho certeza.
Agora, sugestões para a prova. Neste ano, finalmente, controlaram o acesso às áreas de largada, dividiram os corredores por pelotões de acordo com o tempo estimado de conclusão, declarado no ato da inscrição. Melhorou, porém ainda houve muito tumulto na largada. Seria legal se a largada fosse por ondas com 10 minutos de intervalo. Se conseguissem trazer a corrida para julho, acabaria com a reclamação do horário tarde, pois dificilmente pegaria calor.
Marcello Gouveia, do Rio de Janeiro
FALTOU UMA FEIRA. Essa foi minha segunda participação na Meia do Rio, depois de ter corrido em 2016. Indiscutivelmente, uma prova linda e bem organizada, razões pelas quais me fizeram querer participar novamente. Fiz a inscrição com valor promocional em novembro no ano passado. O site é bem elucidativo, fácil e rápido.
A retirada do kit estava bem organizada e tranquila. No entanto, pelo porte da prova, deveria haver uma feira como em outras corridas grandes, a exemplo da São Silvestre em São Paulo.
Quanto à largada, foi muito bem estruturada. Área de concentração bastante ampla, com muita água pré-evento e sanitários distribuídos por sexo em cada pelotão. Muitos staffs mantinham a ordem da área, que estava totalmente cercada desde a entrada para a largada até a dispersão.
Contudo, em relação ao ano anterior, há algumas diferenças que merecem ser citadas. O kit estava reduzido, não havia toalhinha pós-prova e menos brindes de patrocinadores. Durante a prova em 2016, havia dois pontos de isotônico, um de água de coco e outro de gel. Este ano, apenas um de isotônico.
Em relação à água durante a prova, tudo ok! A chegada foi muito bem sinalizada, com água antes da dispersão. Kit pós-prova e atendimento excelentes.
A medalha é linda se comparada a de 2016, no entanto, acho que os atletas que concluíram os 21 km deveriam ter uma medalha diferenciada dos que fizeram apenas 5 km.
De um modo geral, somente elogios para a prova como um todo. Estrutura, hidratação e atendimento excelentes, percurso muito bom. Até a próxima!
Simone Barcik Kurdy, de Curitiba
VALE A PENA. Prova mais charmosa do Brasil, apresentou evoluções na organização, no entanto ainda apresenta diversos pontos que precisam ser melhorados.
A entrega dos kits foi realizada em uma grande loja de material esportivo e ocorreu de forma bem organizada e sem tumultos. Porém, não havia expositores na feira.
A largada foi dividida em 4 (quatro) setores, de acordo com a performance de cada participante, no entanto não havia fiscalização, sendo desrespeitada por diversas pessoas. Ponto positivo foi à disponibilização de água e banheiros químicos dentro dos quatros setores. Como ponto negativo, continua sendo o horário bem tarde de início.
A prova foi bem abastecida com nove postos de água, banheiros químicos e atendimento médico durante todo o percurso, sendo que o gel foi entregue junto com o kit do participante.
No dia da prova, tudo deu certo. O clima estava bem agradável e a largada tarde não foi um problema. Houve uma grande participação do público durante quase todo o percurso e isso foi bem legal.
Apesar dos problemas de organização dessa prova, tenho um carinho especial por ela, pois foi em 2011 que consegui meu recorde pessoal na meia com o tempo de 1h23 e, agora consegui melhorar para 1h21.
A Meia do Rio, apesar do seu charme, não possui um bom custo-benefício para fazê-la. Existem outras provas no Brasil que são muito mais organizadas e melhores de participar, mas para quem nunca correu, vale a pena a experiência.
Neilton Socorro Jr, do Rio de Janeiro
PROVA APROVADA. Hidratação boa, não faltou água. Largada poderia ser mais cedo. Isso é algo unânime com todos que conversei antes e depois da prova. O controle de acesso às baias ainda é tímido. Proíbem, porém, depois, liberam. Faltou um carboidrato por volta do km 15 ou 16 e a toalha no kit. A arte da sacola foi a mesma do ano passado. No geral, eu e meus amigos aprovamos a prova.
Reuvande Pires, de Ribeirão Preto
LARGADA MAIS CEDO. Prova tradicional, uma verdadeira festa do mundo da corrida de rua. A hidratação estava muito bem servida, com diversos tanques com os copos. Temperatura ótima e até achei que desta vez houve uma participação legal da população apoiando os participantes. Já corri a Meia do Rio por quatro vezes e a única coisa que melhoraria seria o horário da largada.
JC Prata Leão, do Rio de Janeiro