POR ELIZABETH SZILASSY
No último domingo, 16 de junho, corri a Maratona Internacional de Olinda, a minha 5ª na distância. Estreei na de Porto Alegre 2022, onde consegui índice para Boston e Berlim (sub 4h20). Em Boston no ano passado completei em 4h24, com chuva e muito frio. A minha 3ª foi em João Pessoa 2023, onde sofri com o calor na segunda metade do percurso, concluindo em 4h58. Dessa forma, entrei no Ranking BR de Maratonistas, nos dois últimos anos.
Participei há um mês da 2ª Maratona FMO de Olinda, onde procurei manter um ritmo que me garantisse concluir abaixo de 5 horas. Porém, por um descuido meu, errei o caminho, correndo sozinha por 10 km e totalizando quase 45 km, para fechar em 5h28, além do tempo limite para o Ranking CR, que em minha categoria (65/69 ) é sub 5h25.
Assim, procurei me inscrever em outra maratona brasileira, para me ranquear, escolhendo novamente em Olinda, que este ano foi palco de duas, em maio e junho. Percurso plano e na época do inverno, com mais probabilidade de menos calor. O tempo prometia ser ameno, pois na véspera, sábado, choveu muito, abaixando a temperatura.
Às 4h40, largamos da Praça Duque de Caxias, aproximadamente 1.500 corredores dos 21 km e dos 42 km, ainda no escuro, sentido norte (cidade de Paulista), onde fizemos o retorno. Quem fez a meia, como a minha colega brejense, Leone, concluiu ali mesmo, enquanto nós, dos 42 km, continuamos sentido sul, para o Recife antigo.
Cruzei com os ponteiros já no km 37 deles, enquanto eu estava no 28, num pace pouco abaixo de 7 minutos / km. Torci para o meu colega brejense, Romildo Severino, que estava na 4ª colocação, e que acabou concluindo nesta mesma colocação, com o tempo de 2h52. Fiquei triste por outro amigo de minha cidade, Josemir Moisés, ter passado mal com um suplemento que experimentou, e também sofrendo com câimbras, caminhando durante os últimos 10 km.
Os últimos 10 km foram bem desafiadores, porque nunca gostei de correr no calor. Depois das 7h a temperatura começou a subir, chegando a 27 graus. O meu ritmo foi para mais de 8 minutos / km. Notei que, na segunda metade da prova, os pontos de hidratação eram mais distantes, a cada 5 km, quando o correto é que esse espaçamento fosse reduzido.
AJUDA DE PAULISTA. Ao longo do percurso, conheci muitos corredores legais. Um deles foi Klima, treinador de São Paulo, que estava acompanhando três alunas estreantes na distância, no mesmo ritmo que eu. Ele fez a gentileza de me dar uma garrafa de água e outra de Powerade, suplemento líquido de carboidratos e eletrólitos, que me ajudou bastante. Fui administrando o desafio do calor e o desgaste dos quilômetros, mantendo o meu ritmo em torno de 8 minutos / km.
Fiquei feliz de ver tantos fotógrafos pelo caminho, cuja presença me fez aprumar mais a coluna e sorrir. Apareceram quase 200 imagens para eu escolher, inclusive uma de minha chegada, às 9h40, justamente quando faltou energia elétrica, devido a uma pane, ficando sem cronometragem. No dia seguinte, a empresa responsável, TR Crono, conseguiu recuperar o backup, me informando que havia concluído a minha 5ª maratona em 4h54, portanto dentro do tempo limite para o Ranking CR 2024! Descanso uma semana e começo a me preparar para a Maratona de Berlim, no último domingo de setembro.
Elizabeth Szilassy, canadense, naturalizada brasileira, agrônoma, residente em Brejo da Madre de Deus, PE, terra da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, distrito Fazenda Nova, local de mais 7 maratonistas, que já concluíram 16 maratonas oficiais.