Sem categoria André Savazoni 26 de janeiro de 2017 (0) (155)

Drop 4 mm, leveza e forma mais larga se destacam no GoRun 4 e no GoMeb 3

Já escrevi aqui no blog que os corredores brasileiros são apaixonados por tênis (em alusão ao comercial, verdadeiro, diga-se de passagem do amor por carros).

Costumo citar para quem me conhece dois pontos-chaves: “tênis é um acessório e deve ser analisado como tal, longe de ser o principal” e, segundo, “tênis não ajuda ninguém a correr melhor, mas pode atrapalhar, ou seja, o inverso é verdadeiro”.

16358575_1227717823974653_1621231081_nCom base em experiência pessoal, leitura de estudos científicos e outras publicações, conversa com outros corredores, fisioterapeutas e treinadores, além das aulas na faculdade de Educação Física e cursos, existem algumas características para mim fundamentais.

Um estudo do American College of Sports Medicine, ou melhor, um guia para prescrição de tênis, traz algumas características que, sinceramente, com base no que citei acima, deveria ser lido e seguido pela maioria dos corredores (há sempre algumas exceções, mas não podemos nos pautar por elas). O texto pode ser lido na íntegra aqui.

Entre essas características principais, destacam-se um drop pequeno (de 6mm para baixo), neutro e leve, ou seja, até 285 g para os homens (levando em conta o tamanho 41) e 230 g no feminino (na numeração 39). Caso calce um tamanho maior, isso deve ser levado em conta!. Há outras especificações, como a forma larga e deixar no mínimo sobrar 1,3 centímetro na frente do tênis para não apertar os dedos, mas essas são as básicas.

Assim, para escolher os tênis para correr e também para avaliar os modelos de diferentes marcas, sempre valorizo esses quesitos e alguns a mais, como a questão da forma mais larga que permita que eu mexa meus dedos o tempo que quiser, principalmente na maratona.

16343610_1227717543974681_622918618_nOs dois modelos de tênis da Skechers que venho correndo e avaliando, o GoRun 4/GoRun 4 2016 (há uma diferença no cabedal entre eles, com o mais novo sendo mais respirável, um tecido mesmo) e o GoMeb 3 2016 contêm várias dessas características.

O GoRun pela menos do que os 285 g, tem a forma larga (já foi, no início, ainda mais larga), drop de 4 mm, bem flexível e a possibilidade de usar com ou sem palmilha, o que amplia ou reduz o amortecimento e as sensações em contato com o solo. Eu vario, dependendo do dia de treino, até para sentir as diferenças.

Já o GoMeb é de competição, mais rígido e um pouco mais estreito (acabo preferindo para as maratonas por estar acostumado com tênis dessas características), além de ter a forma mais larga e também o drop de 4 mm (mas sem a possibilidade de tirar a palmilha, que é fixa). Também menos de 285 g no tamanho 41 (a numeração que uso).

Foram mais de 1.100 km com o GoMeb (em dois modelos) e de 900 km com o GoRun (em dois tênis também), em diferentes tipos de pisos (asfalto, concreto, areia, grama, terra e pista emborrachada) e distâncias (de 1 aos 42 km), além de muita chuva nas últimas semanas, algumas bem intensas e com a rua cheia de poças de água. Secagem rápida (sem alterar o peso) e não escorreguei em qualquer momento, mesmo pisando nas faixas nas vias.

O ponto para se prestar atenção é a durabilidade do solado, nos dois casos, por ser em EVA, algo já antigo nos dois modelos. Principalmente se você treina em locais de maior atrito e como pisa no chão também (se arrasta mais o pé, se faz mais barulho, aquilo que a biomecânica explica para melhorarmos). Melhorou em comparação às primeiras versões, mas ainda é algo para levar em conta e fazer um revezamento.

Nos quatro tênis avaliados, entretanto, mesmo com a quilometragem semanal alta e o desgaste, ainda não senti qualquer desconforto. Lembrando que os modelos mais recentes (GoRun 5 e Meb 4) já têm uma proteção emborrachada, mas não corri com eles ainda (estão disponíveis nos Estados Unidos e devem chegar ao Brasil no segundo semestre).

Quem quiser pode ler a ficha completa dos dois modelos: GoRun 4 2016 e GoMeb 3 2016.

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