O circuito de meias-maratonas Golden Four Asics encerrou o ano com 17.710 concluintes nas quatro etapas, sendo que 3.783 completaram os 21 km no último, domingo, em Brasília (DF). E a festa foi completa com uma dobradinha brasileira: vitórias de Solonei Rocha da Silva e Valdilene Silva.
Com largada na Praça do Buriti, o percurso passou por pontos tradicionais de Brasília, como Via S1 Oeste, Torre de TV, Esplanada dos Ministérios, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, até a Concha Acústica, local da chegada.
Entre os homens, Solonei Rocha Silva (1:06:02) superou a forte concorrência e em uma chegada emocionante ficou com a vitória. O brasileiro disputou passada a passada com o queniano Jacob Kiprotich (1:06:04) e com Paulo Roberto de Almeida Paula (1:06:10), mas conseguiu ser mais rápido para subir ao lugar mais alto do pódio.
“Até os dez primeiros quilômetros todos estavam administrando o ritmo. Após o primeiro túnel, forçamos mais e a disputa ficou muito interessante, mesmo com o vento atrapalhando um pouco. A Golden Four é a prova ideal para quem busca melhorar suas marcas e comigo não foi diferente. Não estou acostumado a treinar para correr meia-maratona, já que meu foco são os 42 quilômetros, mas mesmo assim consegui superar meus fortes adversários”, afirmou Solonei, que já está garantido na maratona dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Rafael Novais e Flavio Andrade completaram o pódio.
Já no feminino, a festa foi de Valdilene Silva, que imprimiu um forte ritmo e chegou na primeira posição sem maiores sustos, com um tempo de 1:15:49.
“Foi a minha melhor marca em meia-maratona, já que sou especialista em provas de cinco e dez quilômetros. Na primeira metade corri junto com as africanas, mas depois aumentei meu ritmo e passei a liderar faltando pouco mais de três quilômetros para a linha de chegada”, contou a atleta que tem como próximos objetivos a disputa da Volta da Pampulha e da Corrida de São Silvestre.
Andreia Hessel ficou com a segunda posição, seguida por Jackelyne Rionoripo (Quênia), Magdalena Shauri (Tanzânia) e Janete Cruz.
Confira os resultados completos em www.golden4asics.com.br e leia a cobertura da prova na edição de dezembro da Contra-Relógio.
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Matéria no Blog “NA CORRIDA” da Revista Contra-Relógio, de 07 AGO 2015: “Asics desclassifica corredores e busca alternativas para aprimorar a fiscalização na Golden Four”
A Asics Brasil distribuiu uma nota oficial, por meio da assessoria de imprensa, hoje, comentando a questão dos “espertinhos” e “espertinhas” que burlaram o sistema de premiação do top 100 e do top 20 no último domingo, na etapa de São Paulo da Golden Four Asics, conforme comentei em dois textos aqui no blog. De acordo com a empresa, em decisão conjunta com a organizadora Iguana, foram desclassificados os corredores sem passagem pelos tapetes de controle.
Confira, abaixo, a nota oficial na íntegra:
“A Asics Brasil (Asics Brasil Distribuição e Comércio de Artigos Esportivos Ltda.) detentora da Golden Four Asics, que se consolidou como um dos circuitos de 21k mais desejados do Brasil tem como objetivo oferecer a melhor estrutura em corridas de performance para os participantes, sejam eles amadores ou atletas de elite.
Constatamos no último domingo, dia 2 de agosto em São Paulo, que alguns corredores usaram de artifícios ilegais para conquistar a tão desejada medalha de top 100 masculino e top 20 feminino, entregues aos primeiros que ultrapassam a linha de chegada conforme regulamento da prova.
A Asics e a Iguana Sports, organizadora da prova, lamentam este tipo de atitude e já estão tomando as medidas cabíveis para enviar medalhas aos corredores que perderam injustamente seus lugares entre os premiados. Todos os corredores que não tiveram marcação nos pontos de controle foram desclassificados.
Além disso, as duas empresas estão buscando alternativas para aprimorar a fiscalização.”
Sinceramente, em uma segunda etapa, seria legal fazer (ainda não está, pelo menos agora, 16h04, no site de resultados, a desclassificação dos corredores conforme citado na nota oficial) como ocorre nas provas no exterior ou em competições de atletismo. No final, o nome do corredor e o desclassificado ao lado. Será que isso não ajudará, um pouco, a evitar essa alternativa?
Foto: Asics Blog
Pois bem, a Asics não buscou alternativas para aprimorar a fiscalização na Golden Four de Brasília e pelo segundo ano (2014 e 2015) estamos tendo problemas para conquistar a tão desejada medalha de top 100 masculino e top 20 feminino. No ano passado fiz a prova em 1 h, 26 min e 38 seg e pelo resultado oficial fiquei fora da sonhada medalha TOP 100 pois fiquei em 114ª colocação por sexo. Como a chegada foi tumultuada e a distribuição da medalha de ouro foi confusa, resolvi escrever para a IGUANA SPORTS; para minha surpresa foi apurado que houve erro e me enviaram a medalha de ouro pelo correio pois havia ficado em 96ª colocação e não em 114ª. Esse ano, de novo, acredito que teve problemas iguais ou parecidos com a Golden 4 de SP para a entrega da medalha TOP 100 pois alguns corredores usaram de artifícios ilegais para conquistar a tão desejada medalha de top 100 masculino. Fiz um e-mail e enviei para a Iguana Sports relatando sobre um corredor que correu com o número de uma mulher da categoria entre 60 a 69 anos; foi verificado por meio da foto da prova que era homem e não mulher. Esse corredor homem fez a prova em 1 h, 22 min e 06 seg, recebeu a medalha TOP 100 masculina e entrou na classificação feminina com o oitavo tempo.
Não houve pulseira colocada no pulso dos corredores na hora da apanha dos kit e isso possibilita que um corredor possa correr com o número de outro, bem como a falta de mais pontos de controle depois do Km 10 possibilita usar de artifícios ilegais para conquistar a tão desejada medalha de top 100 masculino e top 20 feminino. Estou aguardando a resposta da Iguana Sports.
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Ronaldo, bom dia
Infelizmente, essa parte da irregularidade ocorre em todas as provas, sempre há alguma pessoa que burle o sistema. O controle 100%, diria ser praticamente impossível (até em Boston já burlaram mais de uma vez, já até cortaram caminho em um percurso que não há onde cortar caminho nem fluxo de veículos, mas conseguem).
Alguém de Brasília, até pode saber como fazer um corte (o que em SP, onde houve o problema, era fácil para qualquer pessoa, como comparação. Assim, Brasília tem menos pontos para o “corte”. Eu mesmo fiz 15 km. Parei e, depois, tive de ir andando/trotando até a chegada, pelo percurso normalmente, pois não sabia nem como ir para a chegada!
Quanto à classificação geral, somente um adendo: não dá para contabilizar ou comparar o top 100 pelo tempo líquido/classificação, pois ele é pela chegada (bruto), como vale na elite. Então, alguém que fez 20 segundos a mais que você no tempo líquido, pode ter chegado na sua frente no bruto. Só é preciso ter esse cuidado.
Abraço
André
Bom dia, André.
Realmente, o controle 100% é difícil, mas nas maratonas internacionais verificamos muito mais tapetes pelos itinerários do que no Brasil.
Com relação a classificação para a medalha TOP 100, o que Eu quis dizer é que nem depois da prova eles lançam no site a classificação dos 100 homens e das 20 mulheres que conseguiram medalha de ouro. No ano passado só desconfiei que havia tido problemas porque na chegada pararam Eu e mais corredores de fora de Brasília para receber a medalha de ouro; quando fomos pegá-la mais a frente, não tinha mais. Sei também que o problema acontece porque alguns corredores não treinam e querem cruzar a linha de chegada e ganhar a medalha de ouro. Abraço e parabéns pela matéria.