Divagações sobre organização, aferição, educação e GPS na Meia de São Paulo

2 - aZ88A6032A Praça Charles Miller se torna um “boteco” dos mais animados após a Meia de São Paulo, realizada nesta manhã. Encontro de amigos, discussões, bate-papo sobre diversos assuntos e temas, comparações de tempo… só falta a cerveja e os petiscos. Claro que, como no ano passado (e como na maioria das vezes em provas organizadas pela Yescom especificamente), um tema é comum: a organização da largada. E, como no ano passado, a aferição do percurso e os GPS idem.

Vamos a algumas divagações sobre o tema com base na experiência e em alguns fatos.

  1. De que adianta a Yescom colocar na inscrição a opção pelas baias de ritmo, entregar as pulseiras com separações por cores e no dia não ter controle algum? Absolutamente nenhum. Medida totalmente ineficiente e para “inglês ver”.
  2. De que adianta as reclamações se as próprias pessoas também não respeitam isso? Com 400 m havia gente trotando, caminhando, correndo em pelotão. E quiseram sair da “fila do gargarejo”. Por que não largam mais para trás? A obrigação da organização é organizar isso, claro, mas educação todos gostam.
  3. A prova é disputada na rua, não na calçada. Fazer tangente não é cortar pela calçada. Pela quantidade de curvas nesse percurso, dá uma diferença enorme. Um corredor na minha frente (ou melhor, ficava na minha frente por isso), com camisa louvando Jesus nas costas, enquanto não quebrou, “cortou” caminho o tempo todo, a ponto de ser chamado a atenção por mim e por quem estava ao redor.
  4. Com uma prova cheia, com a largada sem controle, é temerário (e sem explicação alguma) colocar novamente um retorno fechado com cerca de 400 m de prova. O risco de confusão é enorme. São mais de 21 km, dá para compensar isso em outro ponto!
  5. O percurso é aferido. Oficial. Não há discussão sobre isso. Mas nas dez edições, a do ano passado e a deste gerou as discussões sobre a distância exata. Tem muitas curvas, a explicação para os GPSs endoidarem? Claro que tem. É difícil do miolo para trás fazer a tangente certinho? Claro. No Centro Velho pela quantidade de prédios, o sinal pode cair? Com certeza. GPS não é preciso? Não, longe disso. Agora, o fato chama a atenção? Chama.
  6. O clima estava bom para correr? Sim. Um dos melhores em dez anos. A largada foi às 7h (também cedo em relação à edições anteriores). Tinha corredores de bom nível técnico. Porém, esse é um dado para as conversas de boteco sobre a prova: tanto no masculino quanto no feminino, foram os tempos mais altos nos dez anos da Meia de São Paulo. Confira:
  7. Masculino
    2016 – Giovani dos Santos (BRA), 1h06min21seg
    2015 – Solonei Rocha da Silva (BRA) 1h04min36seg
    2014 – Stanley Koech (QUE), 1h03min52seg
    2013 – Giovani dos Santos (BRA), 1h03min37seg
    2012 – Joseph Aperumoi (QUE), 1h01min38s (recorde da prova)
    2011 – Marilson Gomes dos Santos (BRA), 1h03min10seg
    2010 – Giomar Pereira da Silva (BRA), 1h04min31seg
    2009 – Damião Ancelmo (BRA), 1h05min18seg
    2008 – Kipromo Mutai (QUE), 1h04min02seg
    2007 – Mathew Cheboi (QUE), 1h06min15seg
  8. Feminino
    2016 – Sylvia Kibiego (QUE), 1h18min03seg
    2015 – Joziane Cardoso (BRA), 1h17min45seg
    2014 – Joziane Cardoso (BRA), 1h17min29seg
    2013 – Sara Makera (TAN), 1h13min19seg
    2012 – Pasalia Chepkorir (QUE), 1h12min29seg (recorde da prova)
    2011 – Agnes Jepkosgei Cheserek (QUE), 1h16min21seg
    2010 – Rumokol Elisabeth Chepkanan (QUE), 1h14min35seg
    2009 – Angelina Mutuka (QUE), 1h14min14seg
    2008 – Eunice Kirwa (QUE), 1h15min08seg
    2007 – Ednalva Laureano (BRA), 1h15min13seg

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