Releitura Redação 11 de setembro de 2019 (0) (169)

Dicas de macetes para os corredores

ACERTO O PASSO – MÁRCIO DEDERICH – Maio 2008

 

NOS BONÉS, DETALHES FAZEM DIFERENÇA

Ruim no inverno e bom no verão, grande parte do calor do corpo humano é dissipado através da cabeça. Embora seja importante para proteger contra o sol, o boné pode interferir negativamente na eficiência dessa troca de calor. Quando for correr em dias quentes, além de dar preferência aos modelos confeccionados em tecidos leves e bem ventilados, opte por bonés cujo formato e tamanho deixem algum espaço livre no alto da cabeça. Lembre-se: fuja das cores escuras.

 

MOTIVAÇÃO

Não diga simplesmente que você pretende treinar para tal ou qual prova este ano. Vá mais longe, vá mais fundo! Defina uma corrida que seja do seu real interesse, marque-a no calendário e estabeleça alguma meta a ser atingida. Ela deve ser desafiadora, mas alcançável. Manter a boa forma e garantir a saúde já são prêmios em si, mas, atingindo sua meta, não deixe de se presentear. Pode ser uma viagem, um tênis novo, um freqüencímetro moderno… Você merece.

 

IDENTIFICAÇÃO VISÍVEL

Dizer que não está bem antes da largada pode ser uma estratégia sua para enganar o concorrente. Mas, e se numa dessas você passar mal de verdade? Se sofrer um acidente qualquer? Como é que fica? Nada de deixar a turma de casa preocupado! Procure estar sempre identificável! Escreva seus dados pessoais num cartãozinho, plastifique e carregue à vista sempre que for correr. Ou recorra às plaquinhas e braceletes específicos para esportistas, encontradas no comércio e abordadas na edição de janeiro. Outra coisa: cansou de dar voltas no mesmo lugar e quer experimentar uma trilha nova, arriscar-se numa estrada diferente, aventurar-se mais longe? Beleza! Além de estar preparado para a aventura, o importante é evitar ir sozinho. Convide um colega para correr junto. Na pior das hipóteses, deixe o pessoal de casa conhecendo seu roteiro.

 

SALTITANDO

Aquecer antes da largada é muito importante. Um aquecimento adequado prepara seu coração, músculos e cérebro para o esforço da corrida. Infelizmente, em algumas provas, o corredor se aquece e depois fica espremido na multidão, esperando a largada. Quando isso acontece, o efeito do aquecimento aos poucos vai embora. Seu aquecimento deve continuar até momentos antes da largada, mesmo que isso signifique ficar dando “piques no lugar”.

 

REGULARIDADE

Se você vai começar um

programa de corridas, atenção: antes de tudo procure analisar suas reais disponibilidades de horário. Estabeleça dias e intervalos nos quais as chances de vir a interromper, adiar ou não realizar o treinamento planejado sejam as mais remotas possíveis. Independente do esquema definido, procure mantê-lo. Deixe seu corpo adquirir uma rotina em relação ao exercício. Você se sentirá melhor correndo de forma regular do que esporadicamente.

 

NOVA LARGADA

Mesmo tomando cuidado, você acabou sofrendo uma lesão séria e foi obrigado a se afastar das corridas por várias semanas. Nesse caso, lembre-se que o mais correto é recomeçar como se fosse um iniciante. No início, procure intercalar trotes leves e caminhadas suaves; depois, à medida que o tempo for passando e a condição física melhore, vá reduzindo a caminhada e aumentando as corridas. Nas primeiras duas semanas, evite toda e qualquer sobrecarga.

 

ZONAS DE PERIGO

Como em qualquer atividade, há nas corridas momentos em que o corredor fica mais vulnerável às lesões. Anote aí as cinco principais ocasiões onde os riscos de se machucar são maiores: quando você é novato nas corridas; quando você principia nas competições; quando você está aumentando sua quilometragem; quando você está começando a fazer trabalhos de velocidade e quando você atinge seu nível máximo de treinamento. Nessas situações, redobre a atenção.

 

NÃO SE ATRASE

Quando você não chega suficientemente cedo para uma corrida, grande parte da energia que seria convertida em velocidade passa a ser utilizada em outras atividades. Encontrar lugar onde possa estacionar o carro é uma delas; enfrentar as filas de última hora para retirar o chip e ir ao banheiro é outra. Ansiedade e nervosismo drenam suas forças. Nas provas comuns, procure chegar sempre uma hora antes da largada. Nas festivas, um pouco mais cedo.

 

PRESSÃO INTERNA

Nem da frente nem de trás. Muitas vezes a maior pressão que o corredor sofre durante uma corrida vem de dentro. De dentro da sua própria cabeça! Não há nada pior que estabelecer expectativas absurdas e depois ficar sofrendo porque não consegue alcançá-las. Diminuir o tempo ou aumentar a distância são metas perfeitamente atingíveis desde que se treine adequadamente. Quando se força a barra, o que sempre vem mais fácil são as lesões. Por falar em lesão, é importante saber que a maioria delas geralmente começa nos pés. Não deveria haver surpresa nenhuma nessa afirmação, afinal de contas eles são a primeira parte do corpo a tocar o chão e a absorver os impactos durante as corridas. Usar tênis apropriados e evitar superfícies muito irregulares são duas precauções que ajudam o corredor a reduzir os riscos a que se expõe. Mas se mesmo assim você se lesionou e precisa dar um tempo no tênis, não entregue os pontos. Existem outras formas de se manter ativo e não perder contato com as corridas. Ajudar na organização é uma delas; ser voluntário na distribuição de água é outra. Uma terceira é continuar indo normalmente ao parque, ou às provas, para “dar força” aos amigos que continuam correndo.

 

SENTIDO INVERSO

Não importa dia nem distância: treinando ou competindo, motivação é tudo. Quanto mais agradável for sua corrida de hoje, mais motivado você estará para a de amanhã. Anote aí: quando aquele seu percurso preferido começar a ficar meio chato, antes de pensar em abandoná-lo de vez, experimente inverter a direção. Ao invés de corrê-lo no sentido habitual, rode ao contrário. Esta simples mudança de cenário costuma renovar o ânimo de muito corredor.

 

ATLETA-CIDADÃO

Se você é doador de sangue deve orgulhar-se disso. No entanto, como atleta, é importante saber que a doação diminui temporariamente a capacidade do sangue transportar oxigênio, reduzindo seu VO2 máximo e limitando seu rendimento esportivo. Estudos científicos mostram uma redução de 5 a 10% na performance na semana após a doação. Se você é um corredor que se preocupa com a competitividade, planeje sempre suas doações de sangue de olho no calendário das provas.

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