Faltam dez dias para a Maratona de Porto Alegre. A ansiedade começa a tomar conta. O pensamento é todo na prova, no desempenho, na viagem, nos preparativos, no descanso na próxima semana. Se é que isso é possível com trabalho, treinos e filhos.

A tranquilidade vem quando olho para os relatórios de treinos. Até a semana passada, no começo do polimento, quando uma dor no joelho incomodou um pouco, não perdi dia algum. Desde janeiro. A base e toda a preparação foram feitas. Longões, todos na conta. Alguns até em tempo um pouco abaixo do que previa meu técnico, Marcos Paulo Reis, com quem comecei a trabalhar neste ano e evolui bem mais do que imaginava para o período.

Corri duas maratonas até agora. São Paulo (3h47) e Curitiba (3h27), ambas no ano passado. Na corrida paranaense, a preparação foi curta por ter decidido correr em cima da hora. Já na de São Paulo, não sabia o que esperar, mas a planilha que segui da Contra-Relógio foi fundamental para completar os 42 quilômetros inteiro, em minha primeira experiência.

Agora, em Porto Alegre, será diferente. O ano está sendo positivo e os resultados, aparecendo. Já superei a barreira do 1h30 na meia maratona, com 1h29 na Corpore. O que é melhor, me sentido muito bem. Até o descanso pós dor no joelho considero fundamental. Nos dias parado, fiquei um pouco chateado, confesso, mas, depois, vi que precisava desse rápido descanso. Tanto para o corpo como para a cabeça.

O objetivo na capital gaúcha é ousado. Entre 3h08 e 3h10, num ritmo médio de 4:30 por quilômetro. Obtendo o índice para Boston 2012, que é de 3h15 em minha categoria. Vou conseguir? Estou confiante que sim. Mas maratona gosta de nos pregar peças. Então, no dia, saberei. A temperatura, pela tendência, estará excelente. É só repetir o que vem ocorrendo nos últimos dias. A organização, pelos elogios que já ouvi, complementa as expectativas. Tudo caminha perfeitamente.

Nos vemos em Porto Alegre. E, na comemoração, com churrasco e cerveja.