20 de setembro de 2024

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Sem categoria admin 10 de março de 2015 (0) (98)

Dez detalhes que podem fazer toda a diferença

Você é daqueles corredores que cumprem a planilha "ao pé dos números", segue 100% a dieta prescrita pela nutricionista, descansa o necessário e na semana das provas deixa de lado a vida social ou uma simples saidinha com os amigos? Mas mesmo assim não consegue mais melhorar seus resultados em provas?
Procuramos treinadores especializados em corrida e pedimos a eles dicas do que ainda pode ser feito para você tentar jogar fora alguns segundos – ou mesmo, minutos – e seguir motivado na busca por melhores tempos. Pequenos detalhes que podem fazer toda a diferença. Alexandre Lima, da Equipe Filhos do Vento, por exemplo, dá uma sugestão que pode deixar muitos corredores contrariados, mas que pode representar alguns minutos a menos, especialmente nas provas longas: desligar o GPS.
Carlos Martins, da Pé Carioca fala sobre como encarar as variáveis externas durante uma prova, enquanto a treinadora e corredora Vanessa Protásio – vai fazer a maratona no Mundial Master de Atletismo, este mês em Porto Alegre – sugere redirecionar o foco e valorizar cada pequena parte do treino.

– Em provas, desligue o GPS e marque tempo e percurso manualmente. É comum não conseguir tangenciar todo o percurso devido à participação dos demais corredores. Sendo assim, é melhor basear-se nas marcações de km da prova para não ter surpresas desagradáveis no final da corrida, achando que o tempo ia sair, mas faltaram alguns segundos preciosos.
– Treine, sempre que puder, com companhia. Seus treinos certamente vão render mais e isso lhe levará a evoluir naturalmente.
Alexandre Lima, Filhos do Vento

– Respeite rigorosamente a supercompensação de treinos. O princípio da supercompensação consiste em estimular o atleta a sair de sua zona de conforto, provocando uma adaptação após o período de recuperação e melhorando seu condicionamento. Suponha que numa escala – respeitando-se a individualidade – de 0 a 10, o corredor se encontra no nível 6 e, logo após um treino forte, ele desce para o 2. Aos poucos vai se recuperando e subindo de nível, 3, 4 até o 7. É este o momento de repetir o treino ou mesmo intensificá-lo um pouco mais. Jamais repita o treino antes disso. Treinos sucessivos com descanso inadequado resultam em estagnação de condicionamento e frustração. Converse com seu treinador sobre isso.
Christiano Marques, Markes Running

– Experimente mudar sua metodologia de treinos, o tipo de prova, distâncias e locais de treino. Variar os dias de treino, a rodagem, a intensidade e os tipos de piso também podem favorecer.
Aldo Koslowsky, Runners Rio

– Tente aprimorar sua percepção sobre as variáveis orgânicas e do ambiente de treino. Não se trata de treinamento mental, mas de maturação do controle da mente para administrar estas variáveis e agir ou reagir com o objetivo de não perder o foco.
Carlos Martins, Pé Carioca

– Se você é daqueles que só treina à noite, experimente passar seus treinos para a parte da manhã. Assim você vai se adaptar ao despertar e iniciar atividade física, já que níveis hormonais que têm o pico após o despertar podem afetar o desempenho; também irá diminuir sua ansiedade e evitar levantar muitas vezes no meio da madrugada em véspera de prova. Alguns corredores por não estarem acostumados a levantar cedo para treinar ficam ansiosos ao extremo e perdem o sono na véspera de uma prova.
Marcelo Duarte, MD Runners

– Experimente mudar o foco e valorizar as conquistas parciais que o levam a atingir sua meta. Reconheça e valorize todos os passos necessários para uma boa performance. Isso irá ampliar sua autoconfiança e fortalecer sua real capacidade. Para se obterem melhores resultados, é necessário mudar as ações e resgatar os valores da corrida e de toda a sua preparação.
Vanessa Protásio, Sport Coach

– Experimente fazer alguns treinos na altitude. Lugares acima de 1.500 metros já surtem efeito. Faça com seu treinador um planejamento para isso.
Marcelo Nissenbaun, VAI Assessoria Esportiva

– Nem sempre mais é melhor. Mantendo o mesmo volume, pequenos ajustes na distribuição dos treinos durante a semana ou mesmo no local onde são realizados podem surtir grandes efeitos.
– Ter um recordatório dos treinos é essencial. A análise comparativa com macrociclos de treinos passados e o acompanhamento do atual são imperativos. Mantenha seu treinador ciente de tudo que se passa e de suas sensações/necessidades para que juntos achem o melhor caminho.
Ricardo Sartorato, Filhos do Vento

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