POR DENISE AMARAL | @deniseamaral

Ah, o Padroeiro da nossa cidade não dá um refresco geladinho! Após uma semana de clima ameno no Rio de Janeiro, a segunda-feira (20/01) amanheceu com um calor “senegalês”, como costumamos dizer por aqui.

A tradicional Corrida de São Sebastião, na sua 34ª edição, sempre abre o calendário de corridas na cidade e é engraçado ouvir o “Feliz Ano Novo” do simpático locutor Adriano na largada da prova. 

Após a benção aos corredores do Cardeal Arani Tempesta, ao lado de uma bela e grande imagem do padroeiro, tivemos a largada dos PCDs com palmas e, às 7h30, do público em geral. 

Uma outra tradição que sempre observo nesta prova é o grande número de corredores usando a camiseta do evento, mais que o usual em outras provas, talvez em busca de mais proteção, solar e espiritual, ao longo do percurso de 5 e 10 km.

A prova teve hidratação na largada e no km 2,5, 5, 7,5 e na chegada, além de “chuveiro” no km 4,5 e na chegada. Mas, com o calorão que tivemos, a estratégia foi beber a água e carregar mais um copinho reserva para o caso de o “carburador ferver”.

A organização da prova informou que tivemos mais de 9 mil participantes nas 2 distâncias, com inscrições esgotadas, o que pode ser observado pelo mar de camisetas vermelhas. 

Definitivamente a Corrida de São Sebastião deve ser encarada sempre como uma prova festiva para iniciar o ano com o “tênis” direito, encontrar os amigos e sem muito compromisso com a performance.

Após as festas e a comilança de fim de ano, a redução nos treinos no final de dezembro/início de janeiro e o calor inclemente, não dá para esperar um milagre do Santo Padroeiro para obter seu melhor desempenho neste dia.

Na chegada no Aterro do Flamengo, muita música, corredores sentados no gramado ou nas tendas das assessorias de corrida, venda de camisetas de provas anteriores, inclusive da Maratona do Rio, quiosque de venda de produtos da Maratona do Rio 2025, e ambulantes já vendendo cerveja, para a alegria de muitos.

E, gostaria de destacar a excelente iniciativa da Spiridon Eventos em incluir no kit um folder com orientações sobre os inúmeros e insuportáveis casos em que números de peito são cedidos para outras pessoas (homem correndo com número de mulher, jovens correndo com número de idosos, duplicação de número…), ocasionando erros na premiação de faixa etária, independentemente de haver entrega de troféus nas provas. 

Quem treina regularmente gosta de consultar o site da prova para verificar a sua posição e, infelizmente, o que vemos atualmente é um grande número de fraudes, sempre com o eterno pensamento que “para não perder o valor da inscrição eu cedi ou vendi o meu número de corrida”. Isso é um crime de falsificação e ponto final.

Além de ser ilegal, essa conduta pode trazer diversas consequências no caso de um eventual acidente. Espero que o alerta tenha feito as pessoas refletirem, que medidas sejam realmente tomadas, que outras organizações também realizem estes alertas educativos e que punam aqueles que prejudicam os corredores e as empresas de eventos.

Já que São Sebastião não pode nos ajudar na performance, que afaste esses fraudadores.

Denise Amaral tem 192 maratonas completadas ao redor do mundo, sendo 29 vezes só em Nova York. Primeira mulher no mundo a conquistar pela terceira vez a Six Star Medal Finisher @deniseamaral