13 de dezembro de 2025

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Correr virou esporte de elite?

Até 10 ou 15 anos atrás a corrida era uma atividade geralmente mais praticada por pessoas sem grande poder aquisitivo, até mesmo pelo baixo custo: bastava um par de tênis (simples, diga-se de passagem) e… pé na estrada. Hoje o que vemos são provas bem-estruturadas e corredores com maior nível sócio-econômico, que pagam para estar nesses eventos e consomem dos últimos lançamentos de calçados a pacotes de viagens para provas no exterior. Teria, então, a corrida se transformado em um esporte de elite, ocupando até mesmo o “glamouroso” lugar que já foi do golfe ou do tênis?

“Virou uma coisa chique correr, talvez pela superação pessoal que o esporte represente, o que causa admiração. Mas também acho que mais pessoas passaram a descobrir a facilidade de se praticar a atividade: não precisa ser sócio de clube, não requer equipamentos, dá para realizar em qualquer lugar e horário”, argumenta a jornalista Isabel Amorim. O empresário Marcelo Vasconcelos complementa: “É uma maneira simples de cuidar da saúde. E ter boa saúde, sim, dá status.”

Os grandes desafios, no entanto, exigem uma série de “extras”: tênis e roupas especiais, acompanhamento de um treinador ou assessoria esportiva, suplementação nutricional e a viagem em si – investimentos que saem do bolso do próprio atleta. “Isso custa caro”, constata o triatleta Eduardo Gasperini. “Conheço muitos corredores que, infelizmente, não conseguem realizar alguns sonhos por não terem condições financeiras”, diz o empresário pernambucano Júlio Cordeiro.

E você, o que acha? A corrida de rua ganhou status? É caro correr hoje em dia?

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