Correr menos para correr melhor

Neste ano, resolvi correr menos (provas) para buscar mais (resultados). Com isso, é claro, os treinos são de mais qualidade. Também comecei a treinar com o Marcos Paulo Reis com um objetivo bem definido: buscar o máximo na maratona. Farei Porto Alegre em maio e Buenos Aires, em outubro. Duas no ano. Talvez, devesse correr apenas uma, mas duas com cinco meses de intervalo entre elas dá para levar. Não quero correr só por correr, quero me desafiar.

Assim, domingo, fiz minha estreia na temporada de 2011 na Meia Maratona de São Paulo. Foi um treino de luxo, um longão de ritmo, com a cabeça em Porto Alegre. Pela planilha, deveria correr os 21 km a 4:30/4:40. Como a semana de treino tinha rendido bem, cheguei com a intenção de não passar nenhuma parcial dos 4:30. O calor e o percurso técnico, já sabia, seriam bons desafios. Ainda mais porque, em Porto Alegre e Buenos Aires (espero) a temperatura estará bem mais amena e há menos subidas.

Larguei ao lado do amigo Carlos Mateus, que me acompanhou até mais ou menos o Km 5. Com o pai doente, Carlos está treinando menos, rodando pouco e acabou sentindo a prova. Reduziu o ritmo, mas, quando o pai melhorar, estará de volta às ruas e, com certeza, voltará a ser um “adversário” difícil de ser batido.

Consegui manter um ritmo constante do começo ao fim, sabendo que deveria chegar ao final bem, inteiro, com fôlego neste momento para correr pelo menos mais 10, 12 km sem deixar o rendimento cair. Fechei feliz a prova, em 1h32min27, o que dá 4:24 por quilômetro. Mesmo segurando e não forçando, baixei em 5 minutos meu tempo em relação a 2010. E, neste ano, estava bem mais quente.

Fazendo uma análise de como cheguei ao final, falhei num ponto básico. O que, numa maratona, me quebraria. Deveria ter bebido mais água. Pulei alguns pontos de abastecimento. Fiz um sim, um não. Em alguns, só molhei a boca (dois goles pequenos) e joguei na cabeça e pescoço. Como disse o Marcos Paulo, hidratação é tudo. Não me senti desidratado, mas estava. Se tivesse mais 21 km… Tirando isso, cheguei com sobras, o que ajuda psicologicamente, na confiança, já que muito de um bom desempenho na maratona está relacionado à cabeça, à força mental.

Próxima prova? Talvez a Meia da Corpore. Ainda não me decidi. Tenho mais um tempo para pensar. Conversar com meu treinador. Vou levar a sério minha decisão: correr menos provas para ter mais resultados. Se essa é a decisão acertada, mais para frente saberemos.

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