Sábado passado, dia 9 de julho, meu aniversário, fiz um programa diferente em 37 anos de vida. E inesquecível. Corri pela primeira vez uma prova ao lado de meu amor, Mari. Já tínhamos participado da mesma prova, mas cada um no seu ritmo.
Dessa vez, 10 km juntos. Confesso que passei o vício da corrida para ela. É contagiante. Sou culpado. Também, ela não teve muita opção. Foi o lema do ame-o ou deixe-o. E, garanto, ela fez a melhor opção! Agora, acaba uma prova, Mari já pergunta quando é a próxima. Cobra que a ajude com as planilhas e treinamentos da semana. No dia que corre, sente-se bem melhor. Um caminho sem volta. Está viciada.
Então, fiz meu treino normalmente, logo cedinho, enquanto a casa dormia. A planilha previa 27 km. Sem problemas. Voltei com todos acordando para o café da manhã de aniversário. Então, à noite, fomos para a prova. Normalmente, quando a Mari corre, deixo na noite anterior gel separado, número na camiseta, chip no tênis, tudo pronto para ela. Como a Nova Nove seria uma prova noturna, fizemos tudo juntos.
Ela tinha 59 minutos como melhor resultado nos 10 km. O que, sinceramente, acho melhor do que minhas marcas, já que divide o tempo com a casa, trabalho, duas crianças, função de “mãetorista” e ainda o marido aqui (o mais complicado). Não é nada fácil. Quase uma maratona diária. E, nas últimas semanas, ela fez treinos de tiros, ritmo, regenerativo, musculação…
Os 10 km na Avenida Nove de Julho, em Jundiaí, resumiam-se a duas voltas num apertado circuito de 5 km. Estreito, o que obrigou, diversas vezes, a algumas aceleradas para pegar “pista livre” já que largamos no meio do “povão”.
Corremos juntos o tempo todo, fui dando dicas, marcando o ritmo, orientando, pegando água, entregando o gel, não deixando a velocidade dela cair nos trechos em leve subida. Ah, para não esquecer, foi um percurso mais difícil do que os outros que ela já correu, como a Tribuna 10 km em Santos. E a Mari passou no teste com louvor. No último quilômetro, até acelerou e me chamou para cruzarmos, juntos, a linha de chegada, em 56:12. Novo recorde pessoal dela. Por sinal, durante a prova, o grande Tião nos fotografou. Assim que receber a imagem, coloco aqui no blog.
E, eu, que normalmente corro concentrado, sem ver quase nada ao redor (me disseram que, na Maratona de Porto Alegre, por exemplo, passamos duas vezes em frente ao Estádio Beira Rio, mas juro que não vi) acompanhei a prova, com uma visão totalmente diferente. Valeu muito a experiência. Se vocês, casados, namorados, enrolados, façam um dia uma prova juntos, lado a lado. Garanto que será muito bom e inesquecível. Isso se não fizeram…
Como ninguém é de ferro, depois da prova, burrata, pizza e chopinho. Tínhamos de nos hidratar e comer carboidratos!
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Já foram 4 provas inteiras “ao lado do meu amor…” – meu primeiro 10k sub 1 hora (56:36) foi “culpa” dele… Depois disso, São Silvestre, Meia da Disney e Meia da Corpore juntos.. não tem preço!
Apesar de começar a história de forma bem parecida, ainda não fizemos uma prova juntos. Mas após este depoimento, já tenho um programa definido.
Isso mesmo Brenno, garanto que não vai se arrepender. Abração
Quatro provas? Parabéns Jussara. E acaba sendo isso mesmo, o ritmo, muitas vezes, acaba sendo ainda melhor. Que venha a próxima parceria.
Aaai que liindo! maridão/personal hehehe. Adorei.
Show. Adorei o post. Eu achava que gostava de correr sozinha, com música. Depois desta prova quero companhia sempre para correr.