19 de setembro de 2024

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Impulso zMais notícias Luciano Martins 31 de agosto de 2024 (0) (403)

Conversamos com alguns brasileiros que fizeram a Meia maratona de Buenos Aires

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POR LUCIANO MARTINS | @luciano_vmartins

Dia 25 de agosto 2024, aconteceu a Meia maratona de Buenos Aires, uma das maiores na distância na América Latina e uma das provas mais desejadas pelos brasileiros. A edição deste ano fechou com o número de 25 mil inscritos, tendo quase 23 mil concluintes e 2.387 brasileiros. Além da corrida, muitos corredores brasileiros aproveitam para fazer turismo na cidade, aproveitando a mistura do charme europeu da cidade com a simpatia latina.

Conversamos com o melhor brasileiro na prova, Willdeberg Claudino dos Santos, que terminou os 21 km em 1:09:11 e na 67º colocação geral. “Minhas expectativas eram as melhores possíveis por ser a Meia Maratona de Buenos Aires, umas das provas mais faladas e desejadas pelos brasileiros, pelo percurso favorável a bons tempos e clima frio, mas não esperava que estaria tão frio como se apresentou, fato que comprometeu o aquecimento. Larguei com os pés dormentes e assim foi até o final. Percurso gostoso de correr, com uma subida próxima do km 5, e o restante plano, com muita gente na rua incentivando e uma atmosfera muito boa. Alcancei meu objetivo, que era voltar a correr próximo da minha melhor marca, que é de 1:08:48, em Lisboa 2023. E por fim Deus me deu esse presente de ter sido o melhor brasileiro na prova. Só agradecer”, relatou o atleta, que é Fuzileiro Naval da Marinha do Brasil e residente em São Pedro da Aldeia, RJ.

A engenheira mecânica Gisele Milanezi, do Rio de Janeiro, nos contou como chegou na prova. “Há alguns meses ouvi falar do Mega Finisher, o circuito de maratonas e meias maratonas da América do Sul. Depois de pouco mais de vinte meias maratonas, estava em dúvida se deveria me comprometer com o projeto de ganhar a medalha especial oferecida a quem completa as cinco provas do circuito, mas o universo acabou me trazendo um incentivo. Numa ação, acabei sendo sorteada para a Meia Maratona de Buenos Aires numa rifa – e eu só queria participar da iniciativa deles para ajudar as vítimas da enchente do RS. Pensei ‘é um sinal’. Parti para Buenos Aires sem planejar nada, sem ver antecipadamente qual seria o percurso, sem nem mesmo me preparar adequadamente para o frio. Eu, acostumada ao Rio de Janeiro, sofri com os poucos graus da cidade. Talvez por estar sem expectativas para a prova, fui positivamente surpreendida. A Meia Maratona de Buenos Aires é uma prova linda, enorme, na qual tomamos ruas largas da cidade numa multidão de corredores, passando por vários pontos turísticos que tínhamos visitados num city tour no dia anterior. O trajeto é predominantemente plano, o frio ajuda muito a reduzir o desgaste dos 21 km, mas o que conta mesmo é a energia da prova. Foi lindo demais dividir esse tour corrido por Buenos Aires com tanta gente – e agora estou ansiosa pra completar logo as quatro meias que faltam para a mandala do circuito Mega Finisher. Se alguém precisar de um incentivo, considere isso como um sinal. Vale à pena!”, comentou a carioca, que terminou a prova com o tempo de 2:26:06.

O gerente executivo de TI, Carlo Giorgi, de Porto Alegre, também correu pela primeira vez em Buenos Aires. “Fui à Expo no sábado, achei grande. Era boa a loja da Adidas, patrocinadora do evento. Algumas marcas que não encontramos no Brasil geralmente também estavam por lá”, comentou Carlo, que gostou bastante da experiência de prova. “Estava uma temperatura perfeita para mim, cerca de 6°C, frio, seco, o sol ajudou. Prova plana, com algumas poucas subidas e descidas, passando por vários pontos turísticos, banda, DJ’s ao longo do trajeto. Estrutura na largada muito boa , bem organizada. Tive o prazer de largar atrás da elite, então foi bem tranquilo a largada, sem muita gente na frente. Colegas de assessoria que largaram nas baias mais atrás e têm paces baixos tiveram problemas nos primeiros km, pois não conseguiram imprimir o ritmo que queriam. Era muita gente. Meu objetivo na prova era concluir e me divertir. Não tenho apego a tempos nem metas, mas estava num dia tão bom para correr que acabei fazendo meu RP na meia, 1:37:48, pace de 4:35. Para quem começou a fazer exercício aos 41 anos, hoje com 49, 23 anos fumando muito e uns 25 kg a mais, fiquei muito satisfeito, não esperava ir tão bem assim, mas é fruto de treino (desde março de 2017), alimentação, reforço muscular, liberação da musculatura, enfim corrida é multifatorial. Se focar bem, o resultado vem, sem pressão, ao natural. Excelente prova, recomendo a todos.” disse o porto alegrense.

Guilherme Jaldin, nutricionista esportivo, começou a correr no final de março deste ano. Em abril se inscreveu para a meia maratona e em maio teve fraturas por estresse nas duas tíbias. Com isso, ficou dois meses sem correr, e por isso mal treinou para a prova. Antes disso só havia corrido uma prova de 5 km e uma de 10 km. “Como não havia treinado para a prova, estava com medo se conseguiria completar (o máximo que havia corrido na vida eram 12 km). No entanto, o resultado foi muito melhor do que o imaginado. Meu objetivo era terminar em 1h46, com pace de 5:00, e consegui concluir em 1:37:25, com pace de 4:35”, comemora o corredor, que atribuiu o resultado ao trajeto da prova e aos vários postos de hidratação e reposição de eletrólitos. “O frio, querendo ou não, ajudou também a não cansar tanto, apesar de uma hora sentir os pés e as mãos congelarem. No final, deu tudo certo. Fechei a prova com um resultado magnífico para mim e com a certeza de que quero correr mais meias maratonas!”.

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