Na sequência da série de postagens sobre treinadores de corrida e suas novas rotinas junto aos seus orientandos no período da pandemia. O personagem desta vez é o treinador Murilo Ugolini Klein, da V8 Assessoria Esportiva, de Curitiba.
“Sempre costumo dizer aos alunos: “O ESPORTE ENSINA” e nunca fez tanto sentido.
Comparando com a corrida, o início parecia aquela dúvida, será consigo correr essa distância, será consigo correr nesse tempo. Passado alguns quilômetros veio aquele pensamento, “opa, eu consigo” “não quebrei ainda” “tenho perna pra puxar” e chegando ao
final da prova (não do isolamento) a linha de chegada com um grito de felicidade e sorriso no rosto de quem tinha medo no início, mesmo sabendo estava preparado (a) e no final, por arriscar, venceu a corrida e a sua luta interna.
Assim foi nosso caso. Na corrida, muitos se fecharam em casa no início e, depois de começarmos a entender o que se passava, começaram a sair, já de bandana ou máscara. As rotinas de treino mudaram e entender o “por que eu corro” foi o principal ponto abordado por nós, professores.
Os treinos de força nunca pararam no meio on-line. No início muitas pessoas fazendo, depois o cansaço dominou e, agora que voltamos a nos fechar em casa mais tempo do dia, elas retornaram e estão pegando firme nos treinos.
Nós, professores, criamos novas aulas e lembramos o quão apaixonados somos por exercício. Acredito esse exemplo esteja servindo aos nossos alunos. As corridas virtuais têm servido para dar um norte nos treinos, haja vista mesmo ressignificando o “por que eu corro”, os alunos ainda assim gostam de ter uma “prova”.
Os quilômetros estão passando, parece que no ritmo daquela subida mais íngreme da cidade, vai valer a pena seguir até o fim, sempre vale.”
Murilo Ugolini Klein, da V8 Assessoria Esportiva, de Curitiba