Prova alemã tem sido escolhida há anos pelos atletas de elite brasileiros para a obtenção de índices, porém, merece uma atenção maior também dos amadores.
Quando falamos da Alemanha, logo vem à mente a Maratona de Berlim, realizada tradicionalmente em setembro e palco de inúmeros recordes mundiais, além do interesse por ser uma das seis Majors. Contudo, há inúmeras outras provas planas espalhadas pelo país, bem organizadas e propícias para bons resultados, com a vantagem de serem também bem tranquilas para se inscrever. Uma que merece um olhar ainda mais atento dos brasileiros é a Maratona de Hamburgo, que teve sua última edição no dia 28 de abril.
Neste ano, mais uma vez, vários atletas de elite do país estiveram por lá. Simone Ponte Ferraz foi a melhor colocada, ficando em 17º lugar, com 2:38:35, enquanto Adriana Aparecida terminou em 24º, com 2:42:44. Wellington Bezerra completou na 18ª posição, com 2:13:34, Paulo Roberto de Almeida ficou em 23º (2:14:34) e Wagner Silva em 35º (2:19:14). A dobradinha na prova foi etíope, com Tadu Abate (2:08:25) e Dibabe Kuma (2:24.41).
Fábio Soares, de São Paulo, que conseguiu seu recorde pessoal com 3h34, avaliou a prova para a CR. “Hamburgo é chamada de cidade ativa e não é por menos, já que mais de 500 mil habitantes fazem parte de algum de seus 800 clubes esportivos. No que se refere à corrida, o entusiasmo pelo esporte torna-se bem visível. Na 34ª Haspa Marathon Hamburg, foram 10.096 concluintes nos 42 km, 2.889 nos 21 km e 6.272 na prova de revezamento, algo muito comum nas corridas da Alemanha.”
De acordo com Fábio, a organização do evento é realmente impecável, pois desde o momento da inscrição até o dia da prova, o corredor recebe várias mensagens por e-mail. O local da expo tem fácil acesso devido à grande malha de metrô que serve Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha, perdendo apenas para Berlim.
PARTICIPAÇÃO POPULAR. O corredor paulistano também aprovou o percurso. “Embora no dia da maratona o frio fosse intenso (8ºC), com uma garoa fina e vento, a empolgação do público fez com que o clima não se tornasse um grande obstáculo. As famílias saíram às ruas na parte mais residencial do trajeto com palavras de apoio, com apitos, buzinas e cartazes.”
Fábio destaca ter sido simplesmente de arrepiar você estar no final da maratona e receber tanto apoio de pessoas que não o conhecem e gritam seu nome, apenas por lê-lo no número de peito. “É muita emoção. Você é estimulado pela empolgação do público. Destaque também para a hidratação perfeita no percurso, gravação na medalha e amplo bufê no pós-prova. Uma das coisas mais interessantes foi a organização e a facilidade no banho quente fornecido aos concluintes, fazendo com que o corredor fosse ao encontro dos parentes e amigos já de banho tomado e sem o perigo do corpo frio em roupa molhada”, completa Fábio.
Mais informações em www.haspa-marathon-hamburg.de/en/.