O 13º Campeonato Brasileiro de Atletismo Sub-23, que está sendo realizado no Estádio do Centro Nacional de Desenvolvimento de Atletismo (CNDA), em Bragança Paulista, teve ótimos resultados na tarde desta quinta-feira (dia 17).
A competição, que encerra o calendário nacional da CBAt de 2020, teve cinco recordes da competição quebrados. Sem a presença de público, o torneio tem transmissão pelo Youtube da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
Nos 100 m masculino e feminino foram registradas novas marcas. Felipe Bardi dos Santos (SESI-SP), líder do Ranking Sul-Americano Adulto de 2020, com 10.11, venceu com 10.12 (1.0), seguido por Erik Felipe Cardoso (SESI-SP), com 10.32, e de Arielton Costa dos Santos (ASA–Sorriso), com 10.49. O recorde anterior era Paulo André Camilo de Oliveira, com 10.17, deste 2018.
“Nossa, que fim de ano espetacular. Em duas semanas eu competi três vezes, no GP, Troféu Brasil e agora o Sub-23. Minha vontade era fazer o índice olímpico agora. Mas Deus sabe de tudo, estou feliz pela marca, pelo novo recorde do Brasileiro e feliz por estar aqui. Meu foco em 2021 é total nos Jogos Olímpicos, entrar por pontos ok, mas a intenção é correr bem e fazer o índice (10.05). A gente fez uma sequência legal. Eu vim de 10.25, fiz 10.11, 10.12. Acho que o resultado já está nas minhas pernas, mas tenho de acertar detalhes como a minha saída do bloco. Preciso acertar isso para fazer o índice”, disse Bardi, treinado por Darci Ferreira.
Já Ana Carolina de Azevedo (Orcampi), campeã do Troféu Brasil nos 200 m, venceu os 100 m, com 11.33 (0.8), superando a marca de Vanusa dos Santos, obtido em 2012. Vida Aurora Caetano (Tornado-DF), campeã do sub-20, ficou em segundo lugar, com 11.52, seguida por Gabriela Silva Mourão (Futuro Olímpico Arnaldo de Oliveira), com 11.70.
“Venho fazendo uns bons treinos, o Nakaya me deixando bem consciente e assim eu tenho certeza do que vou fazer. Eu confio no trabalho dele. Eu esperava um pouquinho mais, mas deu recorde pessoal e estou feliz”, disse a atleta, referindo-se ao treinador Katsuhico Nakaya. “No Troféu Brasil, perdi os 100 m por dois milésimos para a Vitória Rosa. Mas nos 200 m saiu tudo conforme o Nakaya me disse. O meu objetivo para 2021 é não perder nada do que eu fiz esse ano, vou continuar me dedicando. Pretendo buscar o índice olímpico nos 200 m (22.80) ou a vaga pelo ranking de pontos”, concluiu.
A baiana Ketiley Batista (ASPMP) venceu a prova dos 100 m com barreiras, com o recorde do campeonato, com 13.11 (0.8), melhorando a sua marca na liderança do Ranking Sul-Americano. O recorde anterior era Micaela Rosa de Mello, com 13.59, desde 2018. Micaela levou a prata, com 13.35, e o bronze ficou com Thais Michelle Clemente (APCEF/MG)
“Estou muito feliz com o resultado e ainda posso melhorar porque minha saída não foi boa. Eu nem viria para esta competição, mas na última hora decidi vir e fazer o meu recorde pessoal. Venci o GP Brasil, com 13.29, e o Troféu Brasil com 13.21. O meu objetivo agora é o índice olímpico (12.84) em 2021. Estou chegando cada vez mais perto”, disse Ketiley, que treina com Luís Gustavo Consolino e defende Pindamonhangaba.
Nos 400 m feminino, a carioca Tiffani Marinho (Orcampi), campeã do Troféu Brasil e vice-campeã do GP Brasil, confirmou o favoritismo e quebrou o recorde da competição, com 52.80. O recorde anterior era de Amanda Fontes Dias, com 53.59, desde 2005.
Recordista brasileira sub-23, com 51.84, Tiffani ficou feliz com o resultado. “Gostei muito da prova, do recorde. Com tudo o que aconteceu nessa temporada, posso dizer que as competições que eu fiz foram ótimas”, afirmou. Ela disputou a primeira Liga Diamante da carreira após o Camping Internacional Caixa – da Missão Europa do COB, em Portugal, na Holanda. “Tudo foi bom demais. Eu sou uma pessoa que gosta de planejar e essa foi uma temporada tumultuada. Estou na base agora e, por isso, muito grata pelos resultados que consegui. Estou feliz com o recorde aqui”, disse. “Agora, o objetivo é o índice olímpico. O sonho é ir para a Olimpíada.”.
Maria Victoria Belo de Sena (APA-SP), recordista brasileira sub-20, ficou com a medalha de prata, com 53.27, seguida por Marlene Ewellyn dos Santos (Orcampi), com 54.30.
No 4×100 m masculino, o SESI-SP bateu o recorde da competição, com 39.91. O anterior era da seleção de São Paulo, com 40.19, desde 2004. A UCA foi medalha de prata, com 41.68, seguida de ASA-Sorriso, com 41.86.
Outros campeões da segunda etapa do Brasileiro Caixa Sub-23: lançamento do disco – Wellinton Fernandes da Cruz Filho (IEMA), 55.74 m; 400 m – Marcos Vinicius Silva Moraes (CT Maranhão), 46,57 m; 110 m com barreiras – Vinícius Fernando Catai (ASPMP), com 14.19 (-0.1); lançamento do dardo – Fabielle Samira Alves Ferreira (ASA-Sorriso), 46.99; no salto com vara – Lucca Leonardo Torres (IEMA), 4,70 m; 10.000 m – Edimar Ferreira de Lima Souza (CEFAP), 31:33.14; 5.000 m – Maria Lucineida Moreira (Projeto Atletismo Campeão-PE), com 16:57.52; revezamento 4×100 m feminino – Orcampi – 45.64.
Mais informações sobre o Brasileiro Sub-23
Foto: Felipe Bardi comemora vitória (Wagner Carmo/CBAt)
Foto: Ana Azevedo, ouro e recorde nos 100 m (Wagner Carmo/CBAt)