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BUDAPESTE: charme e boas corridas no leste europeu

 

Além de muito bonita e charmosa, a cidade possui um variado calendário de provas ao longo do ano, com destaque para a meia e a maratona. Mas, além de Budapeste, ainda há outras provas interessantes no país (ver quadro), como as ultras disputadas às margens do belíssimo Balaton, maior lago da Europa, a apenas 90 km da capital.

Situada no coração da Europa Oriental, Budapeste pode ser visitada numa mesma viagem, de carro, trem ou avião, que inclua outras interessantes cidades de países próximos, como Viena/Áustria (a 234 km de distância), Bratislava/Eslováquia (200 km), Praga/República Tcheca (528 km), Cracóvia/Polônia (562 km) e Zagreb/Croácia (343 km). De qualquer forma, uma viagem a Budapeste justifica-se por si só.

Apesar da língua absolutamente incompreensível, o povo é bastante amável e o inglês é comumente falado pela maioria dos 1,7 milhão de habitantes da cidade. Marcada por invasões e ocupações – celtas, romanos, mongóis, tártaros, turcos, austríacos e, ufa!, russos passaram pela cidade ao longo de mais de 20 séculos -, Budapeste possui, por estas e outras, um astral único e especial, com particularidades que seduzem os milhares de turistas que vêm visitar a cidade todos os anos.

Às margens do rio Danúbio – que não bem é azul, como quer a valsa, mas de um esverdeado meio caldo-de-cana – a cidade tem um pouco de Paris e Viena, com palácios deslumbrantes, pontes imponentes, grandes e bonitos boulevares, inúmeros museus e uma intensa e vasta programação cultural, além de ótimos restaurantes – com destaque para a culinária húngara. Ainda: pelas ruas da cidade encontram-se as mulheres mais bonitas do leste europeu.

Buda, do lado oeste do Danúbio, é a parte mais antiga da cidade, onde fica o famoso castelo – que abriga excelentes museus, como o Histórico de Budapeste e a Galeria Nacional de Arte -, dominando a cidade do alto de uma extensa colina. Peste, a leste, é a parte mais viva e moderna da cidade, com grande concentração de hotéis, bares e restaurantes, além de ruas de comércio exclusivas para pedestres.

Mas Peste não é só badalação, pois lá também estão o grande mercado central da cidade (Központi Vásárcsarnok) – projeto do francês Gustave Eiffel, autor da famosa torre parisiense que leva seu nome -; a belíssima e grande sinagoga (Dohány utcai Zsinagoga), a maior da Europa e segunda maior do mundo; a Ópera (Magyar Állami Operaház), inspirada na Ópera de Viena; a Basílica de Szent István; o moderno museu de arte contemporânea (Ludwig Múzeum), entre outras atrações imperdíveis.

Ligando as duas partes, sobre o Danúbio, estendem-se pontes majestosas (destaque para a Széchenyi lánchid – ponte das correntes -, a mais antiga da cidade, e a Szabadság híd – ponte da liberdade -, ambas parte do percurso da Maratona de Budapeste), que podem ser atravessadas a pé ou de bicicleta e de onde se tem uma bonita visão da cidade. Aliás, é às margens do Danúbio que Budapeste concentra seus principais prédios, como o belíssimo Parlamento Húngaro, em estilo gótico, e o mundialmente conhecido Hotel Gellért, onde se encontram as célebres piscinas de águas termais.

Os banhos terapêuticos, aliás, são um capítulo à parte em Budapeste e um deleite para qualquer um que tenha corrido longas distâncias pela cidade. Afinal, do seu subsolo brotam diariamente 70 milhões de litros de águas termais, em 118 fontes, com temperaturas que variam de 21 a 78 graus Celsius. Também conhecida como Spa City, em Budapeste os banhos são uma tradição profundamente enraizada entre os húngaros, que remonta ao século 13, mas que ganhou novo impulso após a ocupação do país pelos turcos, a partir de 1526, e que durou 150 anos. Algumas das termas por eles construídas ainda podem ser visitadas – e usadas -, como a Kiraly, de 1565, e a Rudas, de 1550.

 

PISTA DE TARTAN DE 5.350 M! É também no inevitável Danúbio, mais precisamente na única grande ilha que ele forma ao cortar a cidade, a Margitsziget, que fica o paraíso dos corredores e praticantes de atividade física. Como uma espécie de Cetral Park fluvial de Budapeste, a ilha é toda arborizada e concentra clubes e quadras esportivas, fervilhando de atletas de todos os tipos, especialmente corredores, sobretudo à noite, depois do horário comercial. O bom mesmo em Margitsziget é uma pista de corrida de tartan (isso mesmo: tartan, aquele piso emborrachado e macio das pistas oficiais de atletismo), com marcação de distância, que faz todo o contorno da ilha, num total de 5.350 m.

Como se não bastasse, no marco zero há um portal com um cronômetro digital marcando minutos e segundos em ciclos de uma hora, além de dar a temperatura. Um luxo, que, acredito, faz com que os corredores de Budapeste tenham um dos mais baixos níveis de contusões articulares entre os europeus (um prêmio para a primeira cidade brasileira que copiar esta incrível idéia…). Para se chegar a este paraíso, onde carros não circulam, basta o corredor visitante pegar uma das margens do Danúbio – que provavelmente estará a poucos metros do seu hotel – e seguir até a Margit Híd, ponte que une a ilha aos dois lados da cidade.

 

AS NOVIDADES DA MARATONA. Com 2.388 concluintes – nenhum brasileiro – na sua 24ª edição, realizada em 4 de outubro, a SPAR Budapest Nemzetközi Marathon (nome oficial da prova) teve um total de 13.500 inscritos nas várias distâncias, sendo mais de 2.000 estrangeiros, de 55 países. Além dos 42,195 km, disputados também por equipes de revezamento de três ou cinco atletas, e das distâncias curtas, como a Fun Run (3,5 km) e Minimarathon (7,5 km), em Budapeste o corredor tem uma opção tão rara quanto interessante: uma prova de 30 km, cuja largada é na marca dos 12,195 km da maratona, 30 minutos depois da prova principal, que começa às 10 h. Com isso, a festa fica ainda mais bonita e os corredores mais animados.

Todas as provas largam e chegam na monumental Hösök tere (Praça dos Heróis), colada ao Varósliget (Parque da Cidade), grande área verde onde ficam o zoológico de Budapeste e o Széchenyi  fürdö, outras termas famosas da cidade, mas bem menos turísticas e, por isso mesmo, muito frequentadas pelos locais.

A Maratona de Budapeste tem 13 postos de hidratação ao longo do percurso, que é certificado pela AIMS (a associação internacional de maratonas e provas de rua), e oferece tudo o que é de praxe nas melhores maratonas do mundo: kit com camiseta da prova, cronometragem com chip, jantar de massas, corrida do café da manhã na véspera da prova, serviço de guarda-volume, vestiários, marcadores de ritmo (os famosos coelhos, ou pace makers), bandas de música no percurso, medalha e sacola na chegada (diferenciadas para os que completam os 30 km e a maratona), certificado digital pós-prova, massagem etc.

Agora, há duas coisas que só em Budapeste tem: depois de completar a prova os corredores podem usar gratuitamente as termas Széchenyi, ali ao lado, bastando para isso mostrar o número de peito. Além disso, um toque de sofisticação cultural: o número também dá direito a descontos de 50% nas entradas de vários museus da cidade durante toda a semana seguinte à prova, o que é um estímulo a mais para o corredor conhecer melhor a cidade e relaxar depois de encarar os 42,195km.

Como se não bastassem todos estes mimos, na Maratona de Budapeste a temperatura costuma ser amena (entre 12 e 22 graus, em média, no mês de setembro) e o percurso é praticamente todo plano, com suaves aclives e declives apenas nos acessos às pontes. Também, como não poderia deixar de ser, ele privilegia as margens do Danúbio, onde se desenrolam mais de 50% da prova. Assim, correr esta prova é fazer um verdadeiro passeio turístico pelos dois lados da cidade, passando por muitas das suas principais atrações.

A MEIA EM SETEMBRO. Organizada pela mesma empresa que promove a maratona, a 24ª Nike Budapest International Half Marathon aconteceu em 6 de setembro (exatamente quatro semanas antes da maratona, o que é excelente como preparação para os corredores da cidade), com 4.848 concluintes, sendo quatro brasileiros.

Assim como a maratona, a largada também é às 10h e inclui duplas de revezamento, além de uma Fun Run (3,5 km), que larga às 10h15. A meia serve também como um teste para os próprios organizadores, pois usa boa parte do percurso da maratona – aqui também as margens do Danúbio são o destaque -, além da estrutura de largada e chegada ser no mesmo local, com os mesmos mimos para os corredores, como o uso grátis das termas. Só um detalhe: a inscrição da meia é mais barata do que a da maratona (35 euros contra 55 euros até a primeira data limite), mas não inclui camiseta no kit, já que ela é vendida separadamente por 18 euros.

SITES FUNDAMENTAIS ANTES DE VIAJAR

www.budapestmarathon.com

www.budapestinfo.hu

www.budapest.com

www.budapest-travel-guide.info

 

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