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Brasileiro quer ter razão sempre. Em tudo. Mas vive ignorando as regras

Antes de começar esse texto, um aviso: estou generalizando mesmo. Há muitos que não se enquadram nos comentários, mas uma boa parcela vai se identificar. Infelizmente. Brasileiro quer ter razão sempre. Em tudo. Mas vive ignorando as regras. Não se informa, não lê, mas está lá, sempre dando “pitaco”. No mundo das corridas, é o que mais se vê. E não estou falando só de provas.

Outro dia, por exemplo, havia uma discussão nas redes sociais sobre a Meia-Maratona da Corpore, no dia 15 de abril, devido à obrigatoriedade do uso da camiseta oficial da prova. Simples, vejam o item 10 do regulamento (que todos concordam ao se inscrever, mas quase ninguém lê): “A cada competidor será fornecida uma camiseta com número gravado que deve ser obrigatoriamente usada”. Resumindo: a camiseta é o número de peito! Não concorda? Não se inscreva. Ao clicar “sim), está aceitando as regras. Não leu, azar o seu! Ou melhor, o nosso, porque deveria ter lido.

Jundiaí tem uma pista moderna (e pública) de atletismo. Porém, em vários horários do dia, está  difícil treinar nela. Entre os esportes do atletismo, não há a caminhada. Mas, claro, o espaço é de todos. Não vejo como uma pessoa pode gostar de ficar andando em círculos, mas “cada louco com sua mania”. Como disseram vários conhecidos: há gente que nunca andou na vida e agora vai todo dia na pista. Então, andam na raia 1 e 2 quando estamos fazendo tiros, vão de calça jeans, bolsa à tiracolo, sapato… Quarta-feira havia um senhor de bermuda jeans com cinto, camisa polo, sapatênis, caminhando na raia 2!

Está certo, já cobramos da prefeitura uma orientação. Ninguém tem de saber as regras. Precisam ser ensinados. O Sérgio Rocha enviou um e-mail muito bem escrito, apontando todas as falhas e o por quê da cobrança. Não recebeu resposta alguma. Mas, desde quarta-feira, há um cartaz (feito a mão, que molhou é claro com a chuva, mas dá para ler, afixado no portão de entrada da pista). Com os rodízios das raias de domingo a domingo, e para o que cada uma está liberada.

Ontem, por exemplo, as raias 1 e 2 estavam fechadas para “descanso”. A 3 e 4 eram para treinamento de corrida. E assim sucessivamente. Então… gente andando lentamente na 3 e 4, um outro homem entoando cantigas religiosas em tom alto, de calça jeans, na raia 2 fechada e marcada com cones… Claro, deveria  haver funcionários da prefeitura informando, orientando, dizendo: “Por favor, essa raia não é para ser utilizada”. “Senhora, caminhada é na 7 e 8, essa é para treinamento de corrida”. Porém, além disso, as pessoas não estão nem aí!

Ninguém me falou do cartaz. Você dá de cara com ele. Chamou minha atenção, fui lá e li. Respeitei. Segui as regras. Cobramos isso. Então, cada um tem de fazer a sua parte. A prefeitura tem de orientar melhor. Porém, os jundiaienses que vão à pista do Bolão, no mínimo, tinham de se informar como se comportar (e o que vestir) em um local específico para o treino de atletismo.

Isso se amplia para os dias de corrida. As pessoas vão pegar a água, saem trotando ou andando ao lado dos postos de abastecimento, nem se importando com quem vem atrás (deveriam pegar a água e voltar para o meio); largam em baias que não condizem com seu ritmo, cospem para o lado imaginando que estão sozinhos no mundo… E essas pessoas são as mesmas que atiram lixo pela janela do carro, transformam-se em “monstros” ao volante, furam fila, gostam de dar um “jeitinho” em tudo, gabam-se por fazer a inscrição em nome do avô para pagar meia (já li inúmeras vez no Facebook), cortam caminho e chegam com a bandeira do Brasil a tiracolo como vimos na Maratona de Berlim… Uma pena. Se vamos crescer como Nação, temos de ser corretos sempre. Na corrida e fora dela. Respeitar as regras (e se informar sobre delas) é uma obrigação! Até para pedirmos e cobrarmos mudanças quando necessário.

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