

O Brasil viveu em Tóquio, no Japão, a sua melhor participação em Campeonatos Mundiais de Atletismo. Na 20ª edição do evento, encerrada neste domingo (21/9), a delegação conquistou três medalhas: ouro para Caio Bonfim nos 20 km da marcha atlética, e duas pratas, novamente com Caio, nos 35 km, e com Alison dos Santos, nos 400 metros com barreiras.
Com os resultados, o país chegou a 19 pódios na história dos Mundiais ao ar livre: três ouros, oito pratas e oito bronzes. Caio Bonfim, que já havia conquistado dois bronzes (Londres 2017 e Budapeste 2023), tornou-se o maior medalhista brasileiro em Mundiais, agora com quatro medalhas.
“Foi a melhor campanha da história, nesses 20 Campeonatos Mundiais. Estamos muito felizes”, destacou Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e chefe de equipe em Tóquio.
Recorde histórico e novos ídolos
O desempenho em Tóquio superou a marca de Sevilha 1999, quando o Brasil também conquistou três medalhas (duas pratas e um bronze). Até então, Claudinei Quirino era o maior medalhista individual do país em Mundiais, com três pódios, marca agora ultrapassada por Caio.
A campanha reforça ainda a importância da marcha atlética no cenário nacional, especialmente às vésperas do Mundial de Marcha por Equipes, que acontecerá em 2026 em Brasília, cidade de Caio Bonfim.
Delegação e destaques além das medalhas
O Brasil levou 67 integrantes à competição, incluindo 47 atletas (20 mulheres e 27 homens). No total, mais de 2.000 competidores de quase 200 países participaram do Mundial.
Além dos medalhistas, o país contou com finalistas estreantes:
- Izabela Rodrigues da Silva (lançamento do disco) – 9ª colocação;
- Juliana Menis de Campos (salto com vara) – voltou a colocar o Brasil em uma final após 10 anos.
Outros nomes alcançaram semifinais de destaque, como Matheus Lima e Guilherme Viana (400 m com barreiras), Thiago Ornelas e Eduardo de Deus (110 m com barreiras). No decatlo, José Fernando Ferreira, o Balotelli, somou 7.927 pontos e terminou em 13º lugar, melhorando sua marca em relação ao Mundial anterior.
Brasil no quadro geral
No Medal Table, o Brasil terminou em 13º lugar, entre 53 países que subiram ao pódio. Os Estados Unidos lideraram (16 ouros e 26 medalhas no total), seguidos por Quênia e Canadá. Já no Placing Table, que considera pontos de 1º a 8º lugares, o Brasil fechou em 22º.
Números do Brasil em Tóquio
- Medalhas: 3 (1 ouro, 2 pratas)
- Finalistas: 3 provas
- Semifinalistas: 4 provas
- Delegação: 67 integrantes, sendo 47 atletas



