Redação
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A gente vive querendo correr melhor – mais rápido, mais confortável ou sem dor. Investir em treinamento regular e tênis adequado é básico. Mas pequenos ajustes em gestos da corrida e correção de vícios de postura podem otimizar o desempenho, além de livrar de dores e diminuir o risco de lesões.
Fomos a alguns parques de São Paulo e registramos posturas de corredores. Depois, pedimos para que um especialista fizesse uma análise das imagens, alertando para os principais cuidados que se deve ter na hora da atividade.
A ideia aqui não é generalizar como "certo e errado", mas estimular a observação de posturas comuns no dia a dia de treinos, que podem atrapalhar na hora da corrida ou irem se acumulando até se transformarem em algo mais grave.
"Andar é para quem quer, correr é pra quem se dedica. E a grande diferença entre andar e correr é a fase da passada, denominada ‘aérea'. Sendo mais poético, correr faz você levitar, tira você do chão… E talvez a grande busca dos que ‘flutuam' seja o equilíbrio. Qualquer ponto destoante, qualquer exagero ou sobrecarga, podem roubar um pouco ou muito deste equilíbrio", diz o educador físico e fisioterapeuta Carlos Wiering, especialista em reeducação postural global (RPG), ergonomia e esporte.
Por isso, a mão fechada muito apertada, o ombro tenso, o balançar exagerado dos braços, o pé muito alto (quase tocando os glúteos) e até uma garrafinha de água na mão consomem sua energia além da conta e tornam a atividade mais desgastante, o que acaba refletindo na performance.
"Quando é pouco que está sendo ‘roubado', quase nem percebemos. O problema é quando se desequilibra muito ou o pouco se repete sempre. O desequilíbrio frequente tira o rendimento, traz cansaço precoce, sobrecarrega as articulações mais de um lado do que de outro, pode provocar traumas e até uma interrupção na atividade física", completa Wiering.
O RPG pode ajudar trabalhando o alinhamento geral do atleta, deixando a musculatura mais alongada e a postura mais confortável, além de minimizar problemas que não necessariamente tem a ver com a corrida, como dores nas costas, escoliose, cifose ou lordose, entre outros.
As indicações de exercícios são individuais. Porém, o fisioterapeuta recomenda a todos um bom alongamento. "Trabalhamos o alongamento e a flexibilidade dos músculos que se encontram encurtados, sujeitos ao enrijecimento devido às atividades repetitivas, condicionando o corpo a reassumir as posturas corretas de maneira automática".
Além de registrarmos e discutirmos alguns deslizes posturais na corrida, convidamos o advogado Bruno Almeida, corredor há dois anos, com maratona na casa de 3h52, para reproduzir o que seria a postura ideal.
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Excelente artigo! parabéns. Gostaria de saber qual dentre RPG e Pilates seria recomendável para quem foi operado de hérnia de disco. Hoje corro e faço musculação, mas penso em melhorar minha performance com um dos dois tratamentos citados. Obrigado! Ataíde Jr.
Tudo que foi comentado acima concordo plenamente. A corrida de rua no meu entender é umas das melhores atividades físicas existentes para o nosso corpo. Eu só tenho a agradecer as corridas de rua que há mais de 40 anos me dedico. A corrida de rua trás postura para a nossa coluna, ela evita aquelas bursites que aparece no ombro das pessoas, pois o movimento de vai e vem dos braços do atleta acelera e equilibra a musculatura daquela região não deixando dores, principalmente, quando está em repouso. Ao exercitar a corrida, diariamente, vamos dizer assim, mais ou menos 2 horas por dia, você transforma o seu corpo em um corpo sadio, ou seja, com a perda de calorias, você perde aquela gordura excessiva que você tinha nos membros superiores e inferiores, principalmente na região toráxica, entretanto, você observa, é claro, ao longo de vários anos, esta região toráxica se alonga para frente, como se você estivesse fazendo musculação diariamente. A musculatura das coxas ficam duras e sem gordura. Tudo isto acontece, sem nós percerbermos, ao longo dos anos. Eu sou corredor veterano, tenho 70 anos, continuo a fazer treinamentos curtos e de longa distância, isto, diariamente, e nas horas de folga, quando acontece, faço ciclismo de competição e costumo dizer aos meus colegas que o ciclismo ajuda a alongar as pernas, ou seja, ou seja, a medida que você empurra o pedal, no outro você pucha, alongando toda aquela região do pé, pantorrilha indo até as coxas. A diferença do ciclismo para a corrida à pé, é que no ciclismo nós exercitamos muito os membros inferiores e na corrida à pé é bem mais completa, você exercita os membros inferiores e superiores. Eu costumo dizer que caminhar é correr devagar. Para as pessoas que querem começar estas atividades, eu indico que primeiro procurem fazer um exame médico, uma avaliação na esteira, ver como está o coração, exames de sangue, colesterol, etc, e depois comecem a caminhar e verificar se a musculatura se adequa à aquela atividade e, depois, vá em frente. De Milton de Sousa, Natal, RN.