A ASICS vai anunciar nesta quinta-feira (15/07), em uma live no Instagram, às 19h, um movimento da marca com os paratletas Vinícius Rodrigues (100m), Gustavo Carneiro (tênis em cadeira de rodas), Edwarda de Oliveira (vôlei sentado e parabadminton) e Luiza Fiorese (vôlei sentado). Os quatro defendem modalidades nas quais a marca está inserida e passam a integrar seu time de patrocinados, recebendo apoio dentro e fora das competições.
“Queremos um time diverso que busque grandes conquistas, mas que mais do que isso, conte boas histórias e sirva de exemplo para a sociedade e novas gerações de paratletas. Também é uma maneira de dar visibilidade para esportes que não são tão conhecidos do grande público, ampliando seu alcance. Vinícius, Gustavo, Edwarda e Luiza representam a filosofia fundadora da ASICS de Mente Sã em Corpo São e comprovam o poder edificante que o esporte tem de mudar a vida das pessoas”, diz Constanza Novillo, diretora de marketing da ASICS América Latina. A marca também patrocina atletas como Solonei Silva, Adriana Silva, Andreia Hessel, Valdilene dos Santos, Ederson Vilela, Marcelo Melo e Thiago Wild.
Um dos novos patrocinados é o velocista Vinícius Rodrigues. Em 2014, com 19 anos, o ex-militar perdeu parte da perna esquerda em um acidente de moto e precisou passar a usar uma prótese com joelho mecânico para se locomover. Ainda no hospital conheceu o paradesporto através dos campeões Terezinha Guilhermina e Heinrich Popow, que o incentivaram a praticar o atletismo. No final de 2016 entrou para a equipe do Centro de Referência da Seleção Brasileira, fazendo com que suas marcas melhorassem gradativamente.”Estou muito feliz com a notícia da parceria e ansioso para começar a trabalhar com a equipe toda. Pelo primeiro contato já aprendi muita coisa e imagino um futuro bom. Quero muito me desenvolver junto com a ASICS”, afirma Vinícius, que é o atual recordista Mundial nos 100m, com a marca de 11s95. Sua estreia em Mundiais lhe rendeu a medalha de bronze em Dubai em 2019.
O esporte sempre fez parte da vida de Gustavo Carneiro. Pai de duas filhas, foi campeão mineiro de tênis, vice-campeão brasileiro de peteca e campeão brasileiro de squash. Em 2017 a retomada de um câncer levou à amputação de parte da perna esquerda. Foi quando decidiu resgatar o sonho da adolescência e se tornar um atleta profissional de tênis. Em janeiro de 2018 começou a treinar o tênis em cadeira de rodas e em 2019 representou o Brasil no Mundial em Israel e nos Jogos Parapan-Americanos no Peru, onde foi 4º colocado em duplas e 5º em simples. Está classificado para representar o país em Tóquio.
Capixaba do interior de Venda Nova do Imigrante, Luiza Fiorese chegou a disputar campeonatos estaduais de handebol, mas a descoberta de um câncer na perna a obrigou a tirar uma pausa. Aos 15 anos, tratando um osteossarcoma no fêmur esquerdo, precisou substituir parte dos ossos por uma endoprótese. Sem poder jogar, se mudou para Belo Horizonte para cursar jornalismo e assim continuar conectada ao esporte. No final de 2018, ao dar uma entrevista para um programa de TV, foi notada por uma jogadora de vôlei sentado que a convidou para conhecer a modalidade. Luiza foi logo contratada por um clube em São Paulo e seis meses depois chegou sua primeira convocação para a Seleção Brasileira.
Edwarda de Oliveira nasceu em Pinhão, no interior do Paraná, e se mudou para São Paulo com 14 anos para ir em busca de seus sonhos. Apaixonada pelo que faz, tenta sempre transmitir boas energias, amor e felicidade em tudo. E isso não é diferente no esporte. A paratleta nasceu sem parte da perna direita e começou no vôlei em pé aos nove anos, migrando aos 12 para o vôlei sentado sempre com o objetivo de praticar um esporte e se divertir. E foi no vôlei sentado que conquistou duas medalhas de prata em Parapan-Americanos e o bronze dos Jogos Rio 2016, onde foi também a atleta mais nova da modalidade, com 16 anos.
Para registrar o início desta parceria a ASICS convidou o fotógrafo João Maia para produzir as primeiras imagens dos paratletas como patrocinados da marca. Ele ficou cego aos 28 anos por causa de uma uveíte bilateral, passando a enxergar vultos e perceber cores. Na mesma época se tornou paratleta de arremesso de peso e lançamento de dardo e disco. Depois participou novamente do movimento paralímpico, agora como o único fotógrafo cego a cobrir os Jogos Paralímpicos Rio 2016.