Notícias André Savazoni 30 de setembro de 2019 (0) (163)

Alison fica em sétimo nos 400 m com barreiras com novo recorde sub-20

Alison dos Santos obteve um bom resultado para o Brasil nesta segunda-feira (dia 30), no quarto dia de competições do Mundial de Atletismo de Doha, Catar, ao terminar na sétima posição nos 400 m com barreiras em 48.28, sua melhor marca pessoal e recorde sul-americano sub-20.

O paulista de São Joaquim da Barra, de apenas 19 anos, melhorou novamente o seu tempo – havia feito 48.35 na semifinal de sábado (dia 28), no Estádio Internacional Khalifa. Foi a sétima vez que o jovem barreirista fez sua melhor marca pessoal no ano.

Alison, que tem apelido de Pio, correu entre atletas consagrados, três sub-47 na prova. A final dos 400 m com barreiras era uma das mais esperadas do dia, pela presença do campeão mundial e número dois da história, o norueguês Karsten Warholm (46.72), do norte-americano Ray Benjamin, quarto na história (46.98), e do ídolo local Abderrahman Samba (46.98 é sua melhor marca). Eles confirmaram o favoritismo: ouro para Warholm (47.42), prata para Benjamin (47.66) e bronze para Samba (48.03).

Mas Alison confirmou que é um atleta em grande evolução. Bateu sete vezes este ano o recorde sul-americano dos 400 m com barreiras sub-20, os dois últimos na qualificação e na final do Mundial de Doha: 48:35 e 48.28.

A evolução dos tempos: 49.48 no Bryan Clay Internacional, em Azusa (EUA) 48.84 no GP Brasil Caixa, em Bragança Paulista (SP) 48:57 na Universíade de Nápoles (ITA) 48.49 no Campeonato Pan-Americano de San José (COR) e 48.45 no Pan-Americano de Lima (PER). A marca desta final de Doha – 48.28 – confirma Alison em primeiro lugar no Ranking Mundial Sub-20 e em sétimo no adulto.

“Estou muito feliz com a o resultado e a competição que eu fiz, mas saio daqui com um gostinho de quero mais. A atmosfera é incrível, a maior competição que participei de minha vida. Saio feliz, mas sei que poderia ter feito melhor”, disse.

Alison (Pinheiros) fez uma mudança na técnica da prova com o seu técnico Felipe de Siqueira ao diminuir para 12 passadas a corrida entre a quarta e a quinta barreiras. “Acabei errando um pouquinho no final num campeonato que é cansativo, de três tiros de alto nível. A mudança foi gratificante, tanto que melhorou a nossa marca, mas ainda tenho muito o que trabalhar.”

Preferiu não fazer projeções para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. “Eu vou viver ano por ano, temporada por temporada”, afirmou.

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