Adriana Aparecida de Silva foi confirmada hoje como bicampeã da maratona dos Jogos Pan-Americanos. Em Toronto, ela havia ficado com a medalha de prata. A brasileira herdou o ouro, que já havia alcançado também em Guadalajara-2011 (México), depois que a peruana Gladys Tejeda teve resultado positivo para a substância proibida Furosemida, conforme publicado pelo site da Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA). A informação foi divulgada pela CBAt.
Com o doping da peruana, quem também melhorou a posição geral foi a brasileira Marily dos Santos, que subiu para a quarta posição na classificação geral da maratona em Toronto.
“Lamentamos sinceramente a informação. Não podemos julgar a intenção da atleta, que nega o uso da substância proibida, que é usada para mascarar o uso de outro produto”, disse o técnico Cláudio de Castilho, do Pinheiros, que orienta Adriana, em entrevista à CBAt. “Este tipo de droga está na lista dos proibidos pela Wada, que controla os exames antidoping em todo o mundo.”
A maratona feminina foi disputada no dia 18 de julho. Com o tempo de 2:35:40, Adriana melhora o recorde da competição, que era dela mesma, obtido em Guadalajara, com 2:36:37. “Sabíamos que a prova de Toronto seria difícil, mas o percurso acabou sendo ainda mais complicado do que o esperado. A Adriana mostrou mais uma vez a sua capacidade de superação”, disse Castilho.
Com a decisão da Odepa, o atletismo brasileiro terminou os Jogos Pan-Americanos de Toronto, com 13 medalhas, sendo duas de ouro, cinco de prata e seis de bronze.