A abertura da série de meias-maratonas Golden Four Asics em Belo Horizonte teve 1.201 concluintes ontem, um crescimento de 276 atletas em relação à primeira edição, em 2011, quando 925 corredores completaram os 21 km. Os vencedores foram a mineira Adriana Cristina Silva da Luz (foto), de 19 anos, com recorde pessoal de 1:16:16, e o pernambucano Marcelo José da Silva, com 1:07:19.
“A responsabilidade de correr em casa me deu energia para conseguir vencer”, disse Adriana, que tinha como melhor marca 1:17:53, obtida na Golden Four de Brasília no ano passado. “Um treino anterior serviu para a prova de hoje (ontem). Completei com velocidade e sem muitas dificuldades, o trajeto com certeza serviu para me ajudar a fazer uma prova mais veloz”, afirmou Silva.
O primeiro homem a garantir a medalha Top 100 (folheada a ouro e entregue aos 100 primeiros amadores) foi o auxiliar administrativo de Conselheiro Lafaiete (MG) Ernani de Souza, de 35 anos, com 1:10:13. “Estive muito perto de bater meu recorde pessoal, mas preferi conquistar o resultado, que era minha meta”, disse o mineiro. A primeira mulher foi Maria Clara Castro, administradora de empresas de 37 anos, com 1:27:30. “Para mim a prova foi excepcional. Desde a hora escolhida para a largada, até o número de participantes”, afirmou Maria.
CHIP – O número de concluintes pode ser um pouco maior porque o sistema de chip eletrônico descartável adotado na prova apresentou problemas, quebrando no lacre. Era possível ver vários chips pelo chão durante o percurso e muitos corredores só perceberam o problema ao concluir a prova ou correram com o chip na mão, não tendo certeza se o tempo foi registrado.
Como defende a Contra-Relógio, a Golden Four BH contou com cinco divisões de ritmo na largada, conforme o preparo de cada corredor. Ouça mais na edição desta quarta-feira do podcast Contra-Relógio no Ar e leia a cobertura completa na edição de maio da Contra-Relógio. As inscrições para a próxima etapa da Golden Four Asics, dia 1º de julho no Rio de Janeiro, estão abertas no site oficial e deverão oferecer desconto aos assinantes da CR, em processo que ainda não está em operação.
Resultados de BH:
Elite A Masculina:
1) Marcelo José da Silva – 1:07:19
2) Ivanildo Pereira dos Santos – 1:07:23
3) João Marcos Fonseca – 1:07:37
4) Adriano Bastos – 1:07:44
5) Edmilson dos Reis Santana – 1:08:08
Elite A feminina:
1) Adriana Cristina Silva da Luz – 1:16:16
2) Rosângela Raimunda Pereira – 1:17:20
3) Kleidiane Barbosa Jardim – 1:20:40
4) Larissa Marcelle Moreira – 1:21:39
5) Rogéria Conceição de Almeira – 1:25:40
Resultados completos na etapa mineira no site da prova.
Foto: Asics/Divulgação
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As meias maratonas da Asics que são lardeadas como as mais rápidas do Brasil teve vencedores com o mesmo tempo da meia de Riomafra, cujo percurso é duríssimo, com muita variação altimétrica, e os atletas nem são tão profissionais.
Prova foi muito boa, mas realmente vi vários chips perdidos no caminho. Ainda bem que o meu aguentou tranquilo a prova inteira. Em relação a prova estava tudo muito bem organizado, mas a Expo deste ano deixou a desejar em relação ao ano passado.
Por via das dúvidas, sempre prendo o chip no cadarço, mesmo os descartáveis e evito qualquer problema.
O comentário do Julio é pertinente… sem dúvida as provas da Asics são as mais badaladas, e talvez até mais rápidas na média dos corredores (não sei se realmente são, mas é o que diz a Asics.
Pelo jeito a Asics tem um público alvo (os amadores “de elite”) e não tenha tanto foco na performace dos vencedores, algo como foi a Nike RIO-SP, com foco nos jovens.
Mas não vejo problemas com isso, desde que se assumam assim.
E pelo que fiquei sabendo também houve problemas na expo, mas isso eu deixo para o pessoal que foi contar.
Abraço!
Alex
Ontem, etapa BH da Golden Four Asics. Como no ano passado, tudo muito bem organizado e com os mesmo mimos aos participantes (largada as 07h00; água e gatorade de 3 em 3km; toalhinha ao final da prova; medalha com bonito visual; bonita camiseta…). Mas ao contrário do ano passado, a temperatura subiu antes do esperado por conta do sol que resolveu dar as caras lá pelas 07h30. Quanto a organização, diferente de 2011, a entrega do kit foi no mesmo local da largada e somente no sábado, obrigando a ida duas vezes a Pampulha. O chip, embora descartável, foi objeto de reclamação porque não tinha o aramezinho de amarração (ou seja lá que nome tenha), mas nada que fosse um grande problema. A feira, de fato, deixou a desejar, mas a do ano passado, apesar de melhor, não foi tão superior assim. Aliás, no aspecto de feiras que antecedem nossas corridas, nós não temos tanta experiência. Por último, sou contra essa história de uma prova focar este ou aquele público. Cada um faz de uma prova que participa o que bem entende – performance; quebra de recorde pessoal; lazer; divertimento; ou mesmo correr sem maiores compromissos… Depende, portanto, de cada um nos seus objetivos e de como vê a corrida como esporte.
Alex, mas se olharmos os resultados nas faixas etárias veremos que a meia de Riomafra com se percurso muito mais difícil teve resultados bem mais fortes, como por exemplo na faixa 50 anos: Riomafra 01:15:17, Asics BH 1:23:00. Faixa 60 anos: Riomafra 1:27:27, Asics: 1:37:16, e assim praticamente em todas as faixas. Resumindo, As maratonas da Asics são bem organizadas e etc, mas não são as melhores nem aonde vão os mais rápidos amadores do Brasil, é mais marketing do que qualquer outra coisa.