Notícias admin 31 de janeiro de 2017 (0) (115)

A queridinha dos brasucas

Viagem rápida, com cerca de duas horas de voo de São Paulo, como referência, e a possibilidade de ir na sexta-feira e voltar no domingo. Percurso em boa parte plano e, normalmente, com clima favorável. Uma relação custo-benefício interessante, também pela ampla rede hoteleira (e de valores) e de aluguel de apartamentos. A relação do câmbio para o Real é muito melhor se comparado com o Dólar ou Euro.
Os números comprovam que a Maratona de Buenos Aires é a queridinha dos brasileiros. Neste ano, 948 corredores se locomoveram até a Argentina para completar os 42 km, um recorde histórico e, inclusive, superior ao de muitas maratonas realizadas aqui no país.
A maratona portenha segue em crescimento, com 9.583 pessoas completando o percurso no dia 9 de outubro, sendo 7.844 argentinos. No total, foram 11.724 inscritos, um recorde. A prova teve algumas mudanças no miolo em relação à edição de 2015, o que incluiu uma subida a mais antes de chegar ao bairro de La Boca. A largada e a chegada seguiram nos cruzamento das avenidas Figueroa Alcorta e Monroe, em Belgrano, passando por pontos históricos e simbólicos da capital federal.
Vitória do etíope Siraj Gena, com 2:20:24, seguido dos argentinos Miguel Barzola (2:23:37) e Dario Rios (2:24:15). No feminino, em primeiro lugar chegou Lishan Gemgchu, do Bahrein (2:39:14), depois a etíope Almaz Fekade (2:42:27) e a argentina Adela Barrios (2:48:49).

DEPOIMENTO – O assinante de Campinas José Luis Feitosa da Silva tinha participado dos 21 km de Buenos Aires no ano passado e, agora, retornou para a maratona. "A prova foi bem organizada, tem muitos pontos positivos. A única coisa que achei um pouco complicada foi o endereço para retirada do kit (no Distrito Audiovisual), mas acho que isso é devido a não conhecer bem a cidade", afirmou.
De acordo com Feitosa, houve uma melhora na organização do ano passado para cá. "Começando pela largada por baias e as pessoas respeitando. Larguei na primeira, que tinha bastante gente. Pulseiras de cores diferentes eram entregues na retirada do kit, quando os staffs perguntavam qual o tempo pretendido. De acordo com a resposta, davam a pulseira com a cor referente ao seu ritmo. O diferencial é que desta vez houve pessoas controlando a entrada nas baias", ressaltou.
Uma das características das provas na Argentina são os blocos que vão sendo formado por corredores de mesmo ritmo, com o passar dos quilômetros, nada combinado. Feitosa destacou esse ponto. "Boa parte da prova foi assim. Fomos em quatro pessoas até o km 36. O legal foi um argentino que estava comigo. Ele abriu uns 50 metros, mas, então, diminuiu o ritmo, me esperou, e fizemos junto a chegada, em 2:49:47."
Feitosa confirmou a força do vento, principalmente na região de Puerto Madero. "Tinha trechos em que estava contra, depois, a favor. Um fator interessante é que foi divulgado que haveria postos de água a cada 5 km, mas foi diminuindo o intervalo e ampliando os locais de hidratação com o passar dos quilômetros, além de bastante isotônico e frutas. Outro destaque foi a presença de muita gente torcendo, apoiando. Para finalizar, como o chip não é descartável, havia staffs após a chegada retirando para você."
Outra característica das provas argentinas é a festa no pós-evento, com as pessoas ficando horas nos bosques próximos ao pórtico, comemorando e se confraternizando, o que ocorreu também neste ano. Ninguém tem pressa de ir embora.

PRÓXIMO ANO – A edição de 2017 da Maratona de Buenos Aires está prevista para o dia 8 de outubro e, normalmente, as inscrições são abertas no final de dezembro/começo de janeiro, mas é importante ficar atento ao site oficial. Lembrando que neste ano as vagas acabaram bem antes, então, é fundamental se inscrever nos primeiros meses do próximo ano. Mais informações em www.maratondebuenosaires.org.

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