Notícias admin 10 de março de 2015 (0) (89)

A Maratona do Rio continua linda

Com inscrições esgotadas com meses de antecedência, 20 mil pessoas alinharam na manhã do dia 29 de maio em 3 pontos diferentes da cidade, para celebrar o amor à corrida na grande festa que é a Maratona do Rio. O evento engloba 3 provas: a maratona saindo do Recreio dos Bandeirantes, uma meia com largada na metade do trajeto dos 42 km e terminando junto no Aterro do Flamengo, e a Family Run (6 km), cujo trajeto se dava inteiramente no Aterro.
A maior e mais bonita prova de 42 km do Brasil teve este ano 5.518 concluintes (sem contar os demais das duas outras corridas), um crescimento de cerca de 10% em relação ao ano anterior. Um dos grandes atrativos da prova é o visual, um verdadeiro passeio pela orla do Rio de Janeiro. Ao longo dos 42 km os corredores visitam as principais praias da zona oeste e zona sul da cidade: Recreio, Reserva, Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Flamengo.
Este ano a prova foi antecipada de julho para maio por conta das Olimpíadas, o que prejudicou um pouco a performance dos atletas por ser realizada em época mais quente. Uma frente fria apareceu na cidade no início da semana da prova, mas o domingo trouxe o sol de volta e a temperatura beirou os 30 graus próximo ao meio-dia, quando muitos corredores ainda estavam pelo caminho.
Se o calor deu as caras, a organização da prova fez o possível para ajudar, oferecendo água gelada e isotônico em abundância. Além disso, o isotônico vinha em saquinhos fechados, o que facilitava muito a ingestão.
Como ponto de melhoria, fica a sugestão de se colocar mais atrações musicais ao longo da prova para animar os corredores. As poucas atrações disponíveis tocavam música clássica, o que não ajuda muito nessas horas.
A vitória foi do queniano Elijah Kemboi, que completou em 2:17:09. O melhor brasileiro foi Ubiratan José dos Santos (2:21:22), na quarta colocação. Sérgio Celestino da Silva completou o pódio (2:23:57).
Na prova feminina, mais domínio do Quênia. Priscila Lorchima chegou em primeiro lugar com o tempo de 2:41:23. A terceira colocação ficou com a brasileira Mirela Saturnino (2:47:02), enquanto Rejane Ester Bispo (2:57:40) chegou em quinto lugar..
As inscrições para a edição de 2017 já estão abertas e acontecem em ritmo acelerado. Os interessados devem ficar atentos, porque costumam se encerrar em poucos meses. Mais informações em www.maratonadorio.com.br

 

5,5 mil completam os 42 km
Os anunciados 8.500 inscritos na prova de 42 km se reduziram a 5.518 concluintes. Também desapareceram participantes nos 21 km (9,5 mil terminaram, contra 13.500 inscritos) e nos 6 km (de 7 para 4 mil). De qualquer forma, a maratona carioca continua sendo a maior do Brasil.

Quantos terminaram a Maratona do Rio
2012 2013 2014 2015 2016
2.901 4.001 4.211 5.030 5.518

Inscritos X concluintes em 2016
Distância Anunciados Completaram
6 km 7.000 4.004
21 km 13.500 9.522
42 km 8.500 5.518
Total 29.000 19.044
O número de inscritos anunciados pouco representa, na medida em que, por razões de marketing, por vezes eles são inflados. O que vale é o número dos que efetivamente terminam, especialmente porque se sabe que praticamente todos que largam acabam completando, relação que mesmo no caso da maratona não costuma apresentar quebra expressiva. Mesmo levando-se em conta que uma parcela pequena dos inscritos não pega o kit e outro tanto até retira, mas nem vai para a largada, fica difícil entender a diferença de 10 mil, situação que se repete anualmente no evento carioca.
Para a maratona até existe uma explicação parcial, representada por pessoas (talvez mais de mil) que se inscrevem nos 42 km, mas acabam fazendo os 21 km, só que não são consideradas ao passarem pela linha de chegada da meia-maratona.
(Da redação)

 

Mais mulheres que
homens na meia!

A Meia-Maratona do Rio de Janeiro, disputada no mesmo dia que os 42 km, é uma prova consolidada e que já funciona em "piloto automático". O trajeto é o mesmo há anos, com boa e eficiente estrutura. Corri pela terceira vez seguida e todas as características foram mantidas, tanto as positivas quanto as negativas.
O evento cresce anualmente nas três distâncias. Além da meia e da maratona, há a Olympikus Family Run. Porém, ao passar o final de semana no Rio, a sensação é de que, tirando as pessoas envolvidas diretamente com o evento (organização e os corredores com parentes e amigos, da capital carioca ou de fora), ninguém sabe que haverá uma prova tão importante na cidade e que, hoje, é a maior de 42 km do Brasil e a segunda nos 21 km (a primeira é a da Globo, também no Rio). Não há qualquer envolvimento do município antes, durante e depois. Uma pena. Completamente o oposto do que vemos em eventos no exterior. Ano após ano, nesse quesito, não se constata qualquer evolução, mesmo quando estamos vivendo o espírito olímpico.
A expo ainda é pequena e pouco atraente, apesar da loja interessante e com produtos oficiais da maratona da Olympikus. De qualquer forma, a feira é uma exceção (junto com a de SP) e merece elogios. A questão da realização de palestras é positiva, mas a divulgação e a informação dos eventos ficaram a desejar.
Em relação à corrida, a boa organização foi mantida. Largada cedo e no horário, marcação de quilômetros correta e hidratação eficiente, além da rápida divulgação dos resultados pela internet. Destaca-se a bela medalha, tanto dos 42 km quanto dos 21 km.
O trajeto exige uma boa estratégia de corrida. Tem logo no início a passagem pelo Elevado do Joá, que acaba sendo bem tranquila. Depois, o ponto-chave, a longa subida da Avenida Niemeyer, com a descida na sequência para chegar ao Leblon e seguir totalmente plano até a chegada, no Aterro do Flamengo, passando pelo belo visual de Ipanema e Copacabana. O clima ajudou pela largada cedo, esquentou mais para o final, sendo pior para o pessoal da maratona.
Como complemento, confirmou-se o que já tínhamos adiantado na edição de maio da Contra-Relógio: a Meia da Maratona do Rio entra para a história das corridas de rua do país como a primeira a ter mais mulheres do que homens concluindo, uma tendência mundial, principalmente nos Estados Unidos. Foram 5.006 mulheres e 4.584 homens. (André Savazoni)

 

 

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