As corridas de rua estão inflacionando no Brasil. E essa inflação é acima da média da inflação econômica. Calma. Não embaralhei as letras e palavras. Primeiro, em crescimento de eventos. Depois, na maioria, em inscritos e concluintes. Principalmente nos 10 km, nas montanhas e também em algumas meias – as maratonas ficam fora dessa lista por serem um caso à parte. Essa inflação das corridas está ainda mais presente na evolução dos valores das inscrições.
Onde vamos chegar com a corrida de rua no Brasil? Tomaz Lourenço comentou o tema no editorial da Contra-Relógio de setembro. Vale a leitura. Estamos em um período de adaptação e de consolidação. Cravar os dados, fica mais difícil. As provas de montanha estão crescendo demais tanto em eventos quanto em inscritos/concluintes. Mas serão o futuro? Agora, a questão dos preços é bem complexa.
Três exemplos. A São Silvestre, a principal e mais falada corrida brasileira. No ano passado, começou em R$ 90. Subiu para R$ 95, R$ 100 e até R$ 110 no final. Porém, o dado para comparação é o R$ 90. Este ano? R$ 120. Uma “inflação” de quase 34%. As quatro etapas da Golden Four Asics, de R$ 90 para R$ 100, ou seja, mais de 11%. Já a Maratona de Boston custava 200 dólares para estrangeiros em 2012. Custa os mesmos 200 dólares em 2013 (não estou comparando os valores, mas sim os reajustes).
Não podemos perder o lado democrático. Um casal de corredores, pagará R$ 240 na São Silvestre… Se tem mais gente, o lucro é maior. Então, por que os valores aumentam tanto? Onde vamos parar com essa “inflação” das corridas?