“Voltei pra te arrasar!” Com esse meme das redes sociais, de vídeos que precisamos consumir em segundos, que somos bombardeamos a todo momento com informações/notícias, vamos começar nosso momento.

Estamos acompanhando uma onda do “hype da corrida” nestes últimos dois anos pós-pandemia, que já vinha em uma crescente exponencial e tivemos essa parada brusca no mundo. Mas ainda assim, por ser o esporte mais solitário do mundo, que você só precisa de você mesmo para percorrer distâncias, abrem diversas oportunidades em desenvolvimento de produtos e serviços, ainda mais quando falamos de um “recorte” sobre a diversidade.
Ainda são poucas as marcas esportivas que se arriscam a criar em conjunto a famosa “collab” com artistas, e com a comunidade dando visibilidade à causa, trazendo questões em evidências para tentarmos ser melhores como sociedade a cada dia. Inclusive neste último ano apenas duas grandes marcas esportivas trouxeram coleções para o publico LGBTQIAPN+ em seus lançamentos mundiais.
Muitas vezes é até difícil compreender o planejamento delas, e futuros lançamentos, mas a estratégia final é faturar com a comunidade que muitas vezes o “status” te dá visibilidade com luxo e poder de compra. Só em 2023 o gasto médio foi 14% maior que os demais grupos, movimentando R$11 bilhões em compras no varejo.
O famoso “pink money”’, ou na livre tradução “dinheiro rosa”, é um termo que você já deve ter lido ou ouvido por aí. Nada mais é do que o poder de compra/consumo nas mãos da comunidade LGBTQIAPN+. Recentes pesquisas dizem que este público representa em torno de 10% do PIB brasileiro. Digamos que os assumidos, pois sabemos que muitos ainda vivem às escondidas ou dentro dos seus armários devido a nossa sociedade machista.
Recentemente tivemos atletas trans sendo banidos nos EUA devido a novas sanções governamentais, triste para nossa realidade onde existem tantos talentos que se destacam em grandes competições mundiais.
Ainda assim, sabemos que toda discussão tem muitas camadas, pois envolve a história da pessoa, suas vivências e experiências. No geral, precisamos compreender e ter empatia para ficarmos na mesma página e evitarmos desconfortos. Digo isso baseado na corrida, onde vemos diversas marcas no exterior investindo muito em criação de coleções exclusivas, tênis diferenciados, criando campanhas e apoiando os atletas profissionais e amadores de nossa COMUNIDADE COLORIDA, e aqui no Brasil infelizmente ainda somos uma sociedade muito machista, influenciada muito por questões religiosas e políticas. Preciso dizer que evoluímos bastante na conquista de direitos e deveres, mas ainda é delicado marcas comprarem algumas “frentes” para contemplar a existência de todos.
Vale lembrar que estamos no GUINNESS BOOK, promovendo a maior PARADA DO ORGULHO NO MUNDO, mas temos dados alarmantes de ser o primeiro no ranking que mais matam pessoas LGBTQIAPN+.

Falando nisso, de onde vem o mês de JUNHO ser colorido?
Lá em 28 de junho de 1969, a comunidade LGBTQIAP+ decidiu dar as mãos e um basta reivindicando seu direito de existir, tudo isso aconteceu no bar Stonewall Inn, em Greenwich Village, na cidade de Nova York. A partir de então, esta data é conhecida internacionalmente pela luta dos direitos de nossa comunidade.
A nossa atual nomenclatura agregou gêneros e sexualidades representando LGBTQIAP+: lésbicas + gays + bissexuais + transgêneros + queer + intersexuais + assexuais + pansexuais. O sinal de + representa outros grupos e variações, afinal, cada indivíduo importa. E entendo que respeitarmos a individualidade de cada ser humano é nosso dever.
Sexualidade: Está relacionada à genética binária em que a pessoa nasceu: masculino, feminino e intersexual.
Identidade de gênero: É a forma que a pessoa se entende como um indivíduo social, ou seja, a percepção de si.
Orientação sexual: Tem a ver com a prática de se relacionar afetiva e/ou sexualmente com outros gêneros. Em um ciclo natural, essa descoberta acontece entre a infância e o início da adolescência, mas, por preconceito e discriminação, ela pode ser bloqueada e até mesmo negada, estendendo-se para a fase adulta.
Fica para reflexão: “Respeitar a diversidade é compreender que todos somos iguais e, ao mesmo tempo, reconhecer a singularidade e as diferenças de cada um”.
Enfim, seguimos em frente e a pergunta que deixo é: “Mas estão interessadas só no ‘pink money’ OU REALMENTE ‘abraçam a diversidade’?”
Bjs e volto já!
#ÓtimasLeituras&Reflexões



