12 de dezembro de 2025

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A diversidade tem potencial ou apenas estão de olho no “pink money”?

“Voltei pra te arrasar!” Com esse meme das redes sociais, de vídeos que precisamos consumir em segundos, que somos bombardeamos a todo momento com informações/notícias, vamos começar nosso momento.

Estamos acompanhando uma onda do “hype da corrida” nestes últimos dois anos pós-pandemia, que já vinha em uma crescente exponencial e tivemos essa parada brusca no mundo. Mas ainda assim, por ser o esporte mais solitário do mundo, que você só precisa de você mesmo para percorrer distâncias, abrem diversas oportunidades em desenvolvimento de produtos e serviços, ainda mais quando falamos de um “recorte” sobre a diversidade.

Ainda são poucas as marcas esportivas que se arriscam a criar em conjunto a famosa “collab” com artistas, e com a comunidade dando visibilidade à causa, trazendo questões em evidências para tentarmos ser melhores como sociedade a cada dia. Inclusive neste último ano apenas duas grandes marcas esportivas trouxeram coleções para o publico LGBTQIAPN+ em seus lançamentos mundiais.

Muitas vezes é até difícil compreender o planejamento delas, e futuros lançamentos, mas a estratégia final é faturar com a comunidade que muitas vezes o “status” te dá visibilidade com luxo e poder de compra. Só em 2023 o gasto médio foi 14% maior que os demais grupos, movimentando R$11 bilhões em compras no varejo.

O famoso “pink money”’, ou na livre tradução “dinheiro rosa”, é um termo que você já deve ter lido ou ouvido por aí. Nada mais é do que o poder de compra/consumo nas mãos da comunidade LGBTQIAPN+. Recentes pesquisas dizem que este público representa em torno de 10% do PIB brasileiro. Digamos que os assumidos, pois sabemos que muitos ainda vivem às escondidas ou dentro dos seus armários devido a nossa sociedade machista. 

Recentemente tivemos atletas trans sendo banidos nos EUA devido a novas sanções governamentais, triste para nossa realidade onde existem tantos talentos que se destacam em grandes competições mundiais.

Ainda assim, sabemos que toda discussão tem muitas camadas, pois envolve a história da pessoa, suas vivências e experiências. No geral, precisamos compreender e ter empatia para ficarmos na mesma página e evitarmos desconfortos. Digo isso baseado na corrida, onde vemos diversas marcas no exterior investindo muito em criação de coleções exclusivas, tênis diferenciados, criando campanhas e apoiando os atletas profissionais e amadores de nossa COMUNIDADE COLORIDA, e aqui no Brasil infelizmente ainda somos uma sociedade muito machista, influenciada muito por questões religiosas e políticas. Preciso dizer que evoluímos bastante na conquista de direitos e deveres, mas ainda é delicado marcas comprarem algumas “frentes” para contemplar a existência de todos.

Vale lembrar que estamos no GUINNESS BOOK, promovendo a maior PARADA DO ORGULHO NO MUNDO, mas temos dados alarmantes de ser o primeiro no ranking que mais matam pessoas LGBTQIAPN+.

Falando nisso, de onde vem o mês de JUNHser colorido?

Lá em 28 de junho de 1969, a comunidade LGBTQIAP+ decidiu dar as mãos e um basta reivindicando seu direito de existir, tudo isso aconteceu no bar Stonewall Inn, em Greenwich Village, na cidade de Nova York. A partir de então, esta data é conhecida internacionalmente pela luta dos direitos de nossa comunidade.

A nossa atual nomenclatura agregou gêneros e sexualidades representando LGBTQIAP+: lésbicas + gays + bissexuais + transgêneros + queer + intersexuais + assexuais + pansexuais. O sinal de + representa outros grupos e variações, afinal, cada indivíduo importa. E entendo que respeitarmos a individualidade de cada ser humano é nosso dever.

Sexualidade: Está relacionada à genética binária em que a pessoa nasceu: masculino, feminino e intersexual.

Identidade de gênero: É a forma que a pessoa se entende como um indivíduo social, ou seja, a percepção de si.

Orientação sexual: Tem a ver com a prática de se relacionar afetiva e/ou sexualmente com outros gêneros. Em um ciclo natural, essa descoberta acontece entre a infância e o início da adolescência, mas, por preconceito e discriminação, ela pode ser bloqueada e até mesmo negada, estendendo-se para a fase adulta.

Fica para reflexão: “Respeitar a diversidade é compreender que todos somos iguais e, ao mesmo tempo, reconhecer a singularidade e as diferenças de cada um”.

Enfim, seguimos em frente e a pergunta que deixo é: “Mas estão interessadas só no ‘pink money’ OU REALMENTE ‘abraçam a diversidade’?”

Bjs e volto já! 

#ÓtimasLeituras&Reflexões

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