A difícil arte de voltar. O único ponto ruim da corrida

Você planeja um objetivo, uma prova-alvo e treina meses para ela. Principalmente se for uma maratona. Acerta alimentação, descanso, intervalados, tempos run, longões… e cumpre a meta.

Aí vem o descanso, um tempo sem corrida para relaxar, não só o físico como também a cabeça (algo ignorado por muitos corredores, cada vez mais). Um adendo aqui: a periodização é fundamental para uma vida longa nas ruas e pistas. E chega o dia de retornar.

Mesmo sabendo que tudo é questão de tempo, literalmente, sendo exigente, você se cobra. E não consegue nem chegar perto do que fazia três, quatro ou cinco semanas atrás. Algo muito próximo.

Não sei se foi o acúmulo de duas maratonas no ano, a mudança de treinamento, a gripe de mais de 20 dias ou a proximidade dos 40 anos (acho essa bem provável…), mas desta vez, o esforço está sendo maior.

A questão não é correr ou a cabeça. Por duas semanas, realmente, não queria nem calçar o tênis. Estava sem vontade alguma. Além de também não poder, por causa da gripe. Já era uma pausa prevista. Que foi esticada por uma semana a mais.

Agora, após duas semanas de retorno, porém, está duro chegar até próximo do que fazia, seja em tiros mais curtos ou mais longos. Até ritmos que antes eram tranquilos, hoje são sofridos. Sei que em pouco tempo estarei de volta e até mais rápido, mas esse retorno, para mim, é o único ponto ruim da corrida. Paramos e perdemos. Não resistência, mas velocidade. A difícil arte de voltar.

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