Blog do Corredor André Savazoni 12 de maio de 2013 (8) (131)

A difícil arte de voltar. O único ponto ruim da corrida

Você planeja um objetivo, uma prova-alvo e treina meses para ela. Principalmente se for uma maratona. Acerta alimentação, descanso, intervalados, tempos run, longões… e cumpre a meta.

Aí vem o descanso, um tempo sem corrida para relaxar, não só o físico como também a cabeça (algo ignorado por muitos corredores, cada vez mais). Um adendo aqui: a periodização é fundamental para uma vida longa nas ruas e pistas. E chega o dia de retornar.

Mesmo sabendo que tudo é questão de tempo, literalmente, sendo exigente, você se cobra. E não consegue nem chegar perto do que fazia três, quatro ou cinco semanas atrás. Algo muito próximo.

Não sei se foi o acúmulo de duas maratonas no ano, a mudança de treinamento, a gripe de mais de 20 dias ou a proximidade dos 40 anos (acho essa bem provável…), mas desta vez, o esforço está sendo maior.

A questão não é correr ou a cabeça. Por duas semanas, realmente, não queria nem calçar o tênis. Estava sem vontade alguma. Além de também não poder, por causa da gripe. Já era uma pausa prevista. Que foi esticada por uma semana a mais.

Agora, após duas semanas de retorno, porém, está duro chegar até próximo do que fazia, seja em tiros mais curtos ou mais longos. Até ritmos que antes eram tranquilos, hoje são sofridos. Sei que em pouco tempo estarei de volta e até mais rápido, mas esse retorno, para mim, é o único ponto ruim da corrida. Paramos e perdemos. Não resistência, mas velocidade. A difícil arte de voltar.

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8 Comments on “A difícil arte de voltar. O único ponto ruim da corrida

  1. Estou nessa fase, mas com pausa forcada por conta de uma lesão. Ao contrario de vc, nessas duas semanas sem correr estou “babando” de vontade voltar. Espero que volte voando, sem muita perda no ritmo.

  2. Qual seria sua dica para amenizar esta certo e desanimadora performance?

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    Paciência e treino

    Abraço
    André

  3. Ainda não sou um corredor que corre no seu ritmo, mas no começo do ano passei pela mesma coisa. Depois de treinar forte durante meses para bater meu recorde na meia maratona, que consegui em Novembro de 2012, resolvi tirar 3 semanas de folga em Dezembro. Resultado, minha primeira prova de 2013 foi a um pace de 5’00, onde fiz muita força (coisa que até novembro era ritmo de rodagem fácil). Isso desanima demais, mas um mês depois já estava fazendo treinos e tempos melhores que os de 2012.

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    Essa paciência que é fundamental, Felipe… mas no começo, como você mesmo falou, acaba desanimando e sendo frustrante, mas passa!

    Abraço
    André

  4. Não é fácil. O corpo não acompanha a cabeça. Quando se atinge um patamar, a tendência é querer voltar para o mesmo estágio de quando se parou, por férias ou mesmo lesão. Por isso dizem que é difícil para o atleta profissional entender o momento de parar ou de diminuir…
    Com treino e paciência, sem atropelar as fases, voltaremos! 🙂

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    Isso mesmo, Felipe.
    Abraço
    André

  5. Ainda bem que é assim. Se não fosse, isso significaria que o treinamento não serve pra nada.

  6. Acho que todo corredor, ou esportista em geral já passou por isso. Desânimo de correr+queda de performance após o período sabático. O que me ajuda bastante e mentalizo sempre, é pensar que vou correr minha vida toda, então tenho tempo de sobra pra recuperar.

  7. A veoocidade não me incomoda. Adoro correr em ritmo moderado. Chato mesmo é sentir dor. Depois do meu RPC nos 10k de 5 de maio, fiquei uma semana com leves dores musculares.

  8. É meu caro, a volta é cruel sim. 2013 é meu retorno mais custoso. Depois do ano passado inteiro no estaleiro, tô subindo quilometragem e ritmo com muito cuidado, sem exagerar pra não perder pra dor de novo. Na hora de puxar um ritmo um pouco melhor é que a gente sente como ficou pra trás! Uma vez por semana tô fazendo um tirão de 5K pra ganhar velocidade, mas acho que vou precisar instalar um nitro em cada uma das pernas pra dar conta, hihihi. Se tudo der certo volto na meia da Asics e espero não passar vergonha. Abraço!

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