Conceição Oliveira vai esperar até o último dia do ano para soltar o grito de “é tetra”. A piauiense radicada há 21 anos em São Paulo admite estar mais tranquila na reta final de 2015, com a vantagem de 42 pontos na liderança do Ranking CBAt/Caixa de Corredores de Rua. A missão, agora, é voltar ao pódio na etapa paulistana do Circuito de Corridas Caixa, neste domingo, com largada e chegada em frente ao Estádio do Pacaembu.

“Estou evitando entrar naquele clima de ‘já ganhou’, porque ainda temos quatro provas muito competitivas pela frente. Sei que a Regina (Maria Regina Seguins, vice-líder do ranking brasileiro) vai correr muito bem na Maratona da Bahia, por exemplo”, diz Conceição.

Além da etapa final do Circuito Caixa, em São Paulo, ainda estão no calendário a Volta da Pampulha (Belo Horizonte), a Maratona da Bahia (Salvador) e a Corrida Internacional de São Silvestre, colocando em jogo 133 pontos.

Para garantir a liderança do ranking brasileiro pela quarta vez (a fundista foi campeã brasileira em 2005, 2008 e 2011), Conceição está focada na prova deste domingo, no Estádio do Pacaembu, e na Volta da Pampulha. “A etapa de São Paulo do Circuito Caixa sempre é muito forte. Várias das principais fundistas treinam por aqui e estarão presentes. E o meu corpo já está pedindo férias. Mas correr com o apoio da torcida faz muita diferença, vou contar com isso para buscar o pódio”, analisa.

TEMPORADA – A liderança do ranking nacional nem era o foco de Conceição Oliveira, no início do ano. O foco era o índice olímpico da maratona. “Mas eu comecei a subir na classificação, ganhar vantagem na liderança, e embalei”, conta a fundista, que assumiu a ponta já em maio.

Foram 18 corridas disputadas, entre as 22 etapas válidas para o ranking já realizadas, e sete pódios. Destaque para o terceiro lugar na prova de Campo Grande do Circuito CAIXA, onde foi a melhor brasileira, e na Corrida Internacional 9 de Julho. Conceição ainda ficou com o quarto lugar nas etapas de Goiânia, Salvador e Fortaleza do Circuito Caixa, e com o quinto lugar na etapa de Porto Alegre e na Meia-Maratona de Santa Catarina.

A fundista evita fazer muitos planos para a próxima temporada. “Quero descansar e ficar um pouco com a minha família, no Piauí, coisa que não consegui fazer no ano passado. Depois, quero me dedicar à faculdade de Fisioterapia. Ainda vou tentar o índice olímpico até o último minuto, buscar uma maratona aqui no Brasil para correr. Mas sem pressão”, explica.