Um brasileiro correndo pelas ruas de Buenos Aires; um não, mais de 600. Essa foi a sensação de estar correndo praticamente em casa em um dos mais belos cartões postais da América do Sul. Bem, é verdade que estava muito frio, porém foi gratificante correr minha primeira meia-maratona no exterior. Não existe um motivo para estar ali presente junto a mais de 4 mil pessoas em pleno frio de 8 graus; há vários. Assim como são várias as facetas da cidade. Mas, ao menos duas características ficaram evidentes: o prazer de participar de uma prova no exterior e o charme da cidade. E assim começou minha aventura em terra portenha.
O cenário da prova é uma das maiores atrações. A 20ª edição do evento, dia 21 de setembro, teve concentração na Plaza de Mayo, com o Obelisco ao fundo da avenida. Diferentemente do ano passado, a corrida foi marcada por um clima gelado (8ºC às 8h30), além de leve chuvisco.
O percurso passa por pontos turísticos importantes, como a Casa Rosada (sede do governo), a Avenida 9 de Julho e Puerto Madero, um bairro jovem e um dos mais caros da cidade.
Quanto à organização da prova, comparado ao ano passado que houve falta de água durante o percurso, este ano, transcorreu da melhor maneira possível, com postos de hidratação a cada 5 km e isotônico no meio da prova, porém a forma de oferecer água aos participantes, através de copos abertos, é estranha para nós brasileiros acostumados com os copinhos descartáveis fechados.
O vencedor da prova foi mais uma vez foi o brasileiro Adriano Bastos, que cruzou a linha de chegada com o tempo de 1:05:47 (seu recorde pessoal). E outros 634 corredores do país completaram.
Cadu é professor da equipe Velox Fitness, do Rio.