Durante minha primeira semana em Nijmegen, em agosto, fiquei sabendo que haveria a Meia-Maratona de Roterdã e fiz a inscrição pela internet. O site é em holandês, mas tem versão em inglês o que facilita muito. A inscrição é barata (mesmo sendo em euro) e eficiente : 11 euros mais 2,50 euros (total aproximado R$ 34,00) para o aluguel do chip.

kit rápido. Peguei um trem às 8h30 em Nijmegem até Tilburg onde tive que trocar de trem ; após 15 minutos peguei outro para Roterdã. Cheguei às 10h40 e apesar dos mais de 2 mil participantes a retirada do kit foi bem tranqüila, tanto que às 11 h eu já estava de posse do número e do chip.

Pensei em trocar de roupa no meio da rua, visto que via alguns atletas fazendo o mesmo, no entanto uma pessoa da organização me informou que havia um local próprio para a troca e para guardar a mochila. Grande surpresa a minha, visto que no local muitos participantes (com aquela alegria peculiar) – homens e mulheres juntos, trocavam de roupa e deixavam seus pertences, com pessoal da organização orientando na entrada.

Após colocar a roupa de corrida me dirigi para a área de largada, que aconteceu às 11h50, curiosamente 50 minutos após a saída do pelotão de elite (formado basicamente por quenianos, etíopes e de outros países da África).

A prova é muito bem organizada, com dois postos de água e isotônico (são duas voltas num percurso de 10,5 km, portanto 1 abastecimento a cada 5 km) e dois com esponjas para se refrescar, e uma grande quantidade de pessoas nas ruas aplaudindo e incentivando os corredores, aliado a um lindo dia de domingo com muito sol e temperatura em torno de 17 ºC; o percurso é plano (como tudo na Holanda…), muito bom para quem quer melhorar seu resultado pessoal.

O que aliás foi o meu caso, pois consegui lá minha melhor marca em meia-maratona – 1:31:34, correndo a 4:20 a 4:25 por km, e deu até para ver a paisagem. Na chegada, banana, água e repositor eletrolítico à vontade, medalha de participação, mas sem camiseta.

Erro na apuração. Na segunda-feira quando cheguei no trabalho todos queriam saber como tinha sido (aquela empolgação que se via nas ruas) e mostrei a medalha aos colegas e verificamos os resultados pela internet (que já estava disponível, com tempo bruto, líquido e parciais 5, 10 e 15 km). Quando vi minha colocação como segundo colocado na categoria, achei um pouco estranho, e notei que havia um equívoco da organização (alguma falha no registro do chip) pois meu tempo bruto era de 1:13:15 e portanto considerava que eu havia chegado em 2º colocado da minha faixa etária, o que realmente não aconteceu; minha colocação real foi 38º entre 357 corredores de 35 a 40 anos, e 220º no geral dos 2.647 concluintes. Apesar do problema (até lá acontece…) é uma meia-maratona que vale a pena participar.

Sandro Cerqueira Leite é assinante de Chapecó, SC