A 25ª edição da Meia-Maratona de Lisboa, neste domingo, já é motivo de comemoração em Portugal. Principalmente pelo crescimento do mercado de corrida no país. Ao todo, somando os eventos realizados simultaneamente aos 21 km, a expectativa é de 40 mil participantes. Junte-se a isso a possibilidade de nova quebra de recorde mundial na distância.

Pelos dados do Maratona Clube de Portugal, os 21 km já tem um número recorde de participantes: 15 mil. Somando as outras provas, a previsão é de 35 mil pessoas cruzando a Ponte 25 de Abril – 40 mil se levarmos em conta as competições paralelas pequenas.

No ano passado, foram 36.884 inscrições (13.993 na meia-maratona, sendo 5.877 mulheres) e 22.891 na mini-maratona (7 km). E essa evolução tem sido registrada ano a ano em outros eventos de corrida em Lisboa e em Portugal como um todo.

Em entrevista coletiva, Carlos Moia, presidente do Maratona Clube de Portugal, elogiou os atletas presentes na prova, considerando-os como os “melhores do mundo”, mostrou-se orgulhoso da equipe que o acompanha na organização e deixou a mensagem que a meia-maratona “por questões logísticas não poderá crescer mais” uma vez que “35.000 participantes (no total do evento) é o máximo”, explicando que em próximas edições “as inscrições vão acabar mais cedo”.

Na elite, sempre muito forte, os olhares estão voltados para o britânico Mo Farah, campeão olímpico e do mundo dos 5.000 m e 10.000 m. Ele não nega nas entrevistas um objetivo: bater a marca do eritreu Zersenay Tadese, de 58:23, obtido também em Lisboa, em 2010.

“Estou muito entusiasmado. É a primeira vez que venho a Lisboa, apesar de não ser a primeira vez em Portugal. Sei que a corrida é muito entusiasmante, já a vi anteriormente, incluindo quando bateram aqui o recorde do mundo”, afirmou Mo Farah, em entrevista à agência Lusa.

“Estou muito mais forte do que em Londres-2012, tenho corrido meias-maratonas para me preparar para a maratona, o que é completamente diferente, mas a minha forma é boa. Mostrei-o há umas semanas, quando bati o recorde do mundo nas duas milhas, e isso deu-me muita confiança”, disse Mo Farah, se referindo aos 8:03.40 obtidos em Birmingham, no dia 21 de fevereiro.

Após a prova, Mo Farah voltará às pistas de olho no Mundial de Pequim (em agosto) e na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Se ele ou outro corredor conseguir o novo recorde mundial de meia-maratona, a organização portuguesa dará um cheque de 100 mil euros (350 mil reais)!

Mais informações sobre a Meia de Lisboa em www.meiamaratonadelisboa.com/pt/

Leia a cobertura da prova na edição de abril da Contra-Relógio.