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Retrospectiva da corrida de rua: as marcas da elite mundial em 2025

A World Athletics publicou nesta semana sua retrospectiva sobre as corridas de rua em 2025. O relatório confirma que tivemos um ano de densidade técnica absurda, em que barreiras do que considerávamos “limite humano” foram empurradas mais uma vez.

Confira os pontos de destaque do documento que mostram como a temporada redefiniu o patamar da elite global, da maratona às provas de milha.

Maratona: a consagração de Sawe entre os homens e novo padrão das 2h14 para as mulheres

Maratona masculina no Mundial de Tóquio (@fparadizo)

Na maratona masculina, o queniano Sabastian Sawe foi o nome dominante. Ele selou a temporada com a melhor marca do mundo em Berlim (2:02:16) em setembro, após já ter vencido em Londres em abril.

O segundo melhor tempo da temporada é do ugandense Jacob Kiplimo, recordista mundial dos 21 km. Ele estreou nos 42 km com 2:03:37 em Londres e depois venceu Chicago com 2:02:23, o sétimo melhor tempo da história.

Um fato interessante na temporada é que 27 atletas correram abaixo de 2:05.

A apertada chegada de Alphonce Simbu e Amanal Petros no Mundial de Tóquio (Foto: @fparadizo)


Outro fato que vale destacar no ano aconteceu no Mundial de Tóquio em setembro, onde Alphonce Simbu conquistou o primeiro ouro da história da Tanzânia (2:09:48), batendo o alemão Amanal Petros por apenas três centésimos de segundo. Em dezembro, Petros bateu seu próprio recorde alemão na Maratona de Valência, com 2:04:03, terceiro melhor tempo europeu da história.

No feminino, 2025 será lembrado como o ano em que a barreira das 2h14 tornou-se o novo alvo da elite. A queniana Joyciline Jepkosgei cravou 2:14:00 em Valência, quarta melhor marca de todos os tempos. Na mesma prova, a também queniana Peres Jepchirchir, que foi ouro no Mundial de Tóquio em setembro,   marcou 2:14:43, sexta marca da história.

A etíope Hawi Feysa venceu Chicago com 2:14:57. E a também etíope Tigst Assefa, prata no Mundial de Tóquio, estabeleceu o novo recorde mundial para provas exclusivamente femininas (women-only) com 2:15:50 em Londres.

Falando em Mundial, Julia Paternain conquistou um bronze histórico para o Uruguai. Já a queniana Hellen Obiri quebrou o recorde de 22 anos da Maratona de Nova York (2:19:51), conquistando o bicampeonato como a primeira mulher a correr a prova com o tempo abaixo de 2h20, seu recorde pessoal.

Maratona – os líderes do Ranking 2025

Meia Maratona: recorde mundial de Kiplimo

A meia viveu um ano de velocidade extrema. O ugandense Jacob Kiplimo registrou em Barcelona a marca de 56:42, resultado que encerra o ano ainda pendente de ratificação oficial. No total, 15 homens correram abaixo de 59 minutos na temporada.

Entre as mulheres, Agnes Ngetich liderou o ano com 1:03:08 em Valência, ficando a 16 segundos do recorde mundial.  Mas o dado mais impressionante do relatório da WA é que 100 mulheres correram abaixo de 1h08 em 2025, números nunca vistos antes, sendo 12 a mais que em 2024.

5 km e 10 km: o brilho de Kejelcha e Ngetich

O tíope Yomif Kejelcha terminou como o líder da temporada nos 10 km (26:31 em Castellón, segunda melhor marca da história) e nos 5 km (12:54).

Vale ainda o registro histórico para a América do Sul: o uruguaio Santiago Catrofe quebrou os recordes sul-americanos dos 5km (12:57) e 10 km (27:16) e francês Jimmy Gressier o europeu nos 5 km (12:57).

O sueco Andreas Almgren tornou-se o primeiro europeu a correr abaixo de 27 minutos (26:53). E 99 homens correram abaixo de 28 minutos nesta temporada, 17 a mais que no ano passado.

Já Agnes Ngetich brilhou nos 10 km ao estabelecer o recorde mundial women-only com 29:27. No entanto, a líder da temporada foi a etíope Medina Eisa, que estreou na distância com 29:25 em Castellón. Nove mulheres correram abaixo de 30 minutos este ano.

Nos 5 km, a queniana Caroline Nyaga fez a melhor marca do ano em Tóquio, com 14:19, empatando como a terceira melhor de todos os tempos. E a italiana Nadia Battocletti estabeleceu o recorde europeu com 14:32.

Milha de rua: a distância que mais cresce

A milha de rua consolidou-se definitivamente como distância oficial no calendário mundial. O número de atletas correndo abaixo de 4 minutos saltou de 14 para 30 em apenas um ano. Emmanuel Wanyonyi registrou 3:52.45 (terceira melhor marca da história), apenas 6 segundos acima do recorde mundial, enquanto no feminino a norte-americana Sinclaire Johnson bateu o recorde americano, com 4:21.66, segunda melhor marca da história.

Fonte: World Athletics

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