POR DENISE AMARAL | @deniseamaral

Corri a Maratona de Indianápolis, cidade que sedia o circuito oval da Fórmula Indi, aproveitando a viagem para correr a Maratona de Nova York, há 6 dias, pela 30ª vez!

Como diz o mestre Nilson Lima, com suas quase 400 maratonas, é preciso amortizar a despesa da viagem. Através do site marathonguide.com encontrei esta prova e foi uma excelente opção. Inscrição fácil pelo site monumentalmarathon.com , o evento oferece maratona, meia maratona, 5 km e corrida infantil. Existem várias opções de hotéis muito próximos à largada e chegada, que ocorrem no mesmo local.

A Expo, na 5ª e 6ª-feira, já que as provas são no sábado, tinha excelente opções de itens com a logo da prova e de FINISHER (corta-vento, camisetas, gorros, copos…), além de stands de lojas de esportes locais com muitas ofertas de tênis, para alegria do meu marido, Luiz Antonio, que diz que quem não tem talento tem equipamento (Asics Novablast 4 por 55 dólares, aproximadamente R$325,00, e o Metaspeed Paris por 120, cerca de R$720,00)!

Foram 16 mil inscritos em todos os eventos. A maratona é considerada uma da 15 maiores dos EUA e é muito procurada pelos corredores que buscam o Boston Qualifier pelo percurso predominante plano e pelo percentual de 23 a 25% de qualificações a cada ano.

Na largada tínhamos 8 graus e com variação da temperatura até 15 graus. O percurso passa por monumentos da cidade, mas não próximo ao autódromo, e por bairros residenciais com casas sem muro e seus moradores com copos de café e cartazes de incentivos.

ERREI O PERCURSO

Sempre corro observando a arquitetura das cidades, batendo nas mãozinhas das crianças, lendo os cartazes e no meu passinho lento. Não sei em que momento perdi a “viradinha” no percurso que dividia os corredores da maratona e da meia, já que tivemos largada conjunta. E, após uma curva fechada para mudança de rua, lá estava o pórtico de chegada. Olhei o relógio e identifiquei que “só” tinha corrido 21 km. É engraçado e desesperador decidir o que fazer.

Com grades separando o público usual nas chegadas, só me restou cruzar a FINISH LINE com tristeza. Mas logo pensei: de que serve esse relógio GPS caro no pulso? Basta correr mais 10,5 km e voltar mais 10,5 km para completar a maratona. Abri a grade e comecei a correr em sentido oposto aos maratonistas que estavam completando a prova. 

Logo comecei a escutar “Congratulations, You are Strong”… e percebi que os corredores pensavam que eu já havia concluído a maratona e seguia trotando… mal sabiam a besteira que eu tinha feito e que eu ainda tinha um longo caminho a percorrer! Enfim, retornei com os maratonistas, pelo sentido correto, até a linha de chegada, que eu já havia cruzado indevidamente.

Recebi uma bonita medalha, um lindo gorro, banana, o famoso leite que os vencedores da Fórmula Indy bebem no pódio, amendoim, barra de cereal e uma bacana bolsa retornável com a logo da prova para colocar os itens entregues.

A área de dispersão era uma festa, com os itens da prova e de FINISHER à venda, painéis para fotos, muita pizza quentinha e cerveja grátis!

Quem disse que, com 189 maratonas completadas, ainda não posso fazer besteiras?