Por Mari Savazoni
Domingo, eu e o André estivemos em Uberlândia participando da primeira edição da Maratona Nilson Lima. A prova recebeu esse nome para homenagear seu filho mais ilustre no mundo das corridas – Nilson Paulo Lima.
Nesses três dias na cidade, pudemos comprovar que a homenagem foi mais do que justa. Eu conheci o Nilson pelas redes sociais e sabia da fama de corredor de longa distância. Nos encontramos, então, na Maratona de Boston e, depois, em Porto Alegre.
Fui percebendo, a partir daí, que era bem mais do que um corredor que a gente admira. Nilson é um agregador. Faz questão que todos os amigos corredores, que são realmente muitos, se conheçam, troquem experiências, marquem provas ao redor do mundo juntos. E quantas experiências pude ouvir! Me senti extremamente motivada a continuar a busca por novos desafios. Ah, como diz o Nilson, “fazer a vida valer a pena”.
Vou compartilhar aqui uma parte do texto do Nilson que saiu publicado na revista oficial da Maratona de Uberlândia.
“… Depois de muito tempo, criei coragem e realizei minha primeira maratona na cidade de São Paulo. Quando terminei a prova, chorei, desta vez por sofrimento e jurei que nunca mais faria aquilo…”
“A partir daí foram, entre maratonas e ultras, mais de 140 provas no Brasil e em várias partes do mundo…”
“…Com o relógio biológico acelerando a passos largos, não sei até onde posso ir, mas a magia da corrida continua me surpreendendo. Como da primeira Maratona de Uberlândia e atualmente a única de Minas Gerais, me sinto como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. É assim que quero seguir adiante, desfrutando de cada passada. Sem muitas cerejas na bacia, quero ainda conhecer lugares diferentes, renovar os meus desafios e fazer a vida valer a pena”.
Obrigada Nilson Lima por nos comprovar que a corrida, esse esporte individual em essência, pode ser altamente coletivo, vivido na companhia de pessoas determinadas, fascinadas e motivadas a fazer deste esporte um ritual de vida.
Sobre a prova, após Porto Alegre, quando senti muitas dores no joelho durante a segunda metade dos 42 km, decidi que em Uberlândia eu mudaria a inscrição e correria “apenas” a meia-maratona. Não estava a fim se sofrer novamente para terminar. Percebendo o percurso, foi uma decisão acertada.
Corri bem, mesmo com várias subidas, que ainda são o meu ponto fraco. Consegui terminar sem dor e muito feliz por estar participando dessa grande festa. E ainda fiquei em segundo lugar na faixa etária 40-49 anos, trazendo um troféu para casa.
Que venham as próximas, no ensinamento do Nilson, de que o relógio biológico vai acelerando, mas devemos fazer a vida valer a pena.
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Muito bom Mariluci…Esta é a mágoa da corrida… agregar amigos..!!! Parabéns pela sua performance, pelo texto e é uma grande honra tê-la no rol de amigas… Grande abraço / Nilson.
Mari lindo texto. Amei conhecer vc e o André . Foi fantástico participar dessa homenagem ao Nilson – pessoa muito muito especial
Acompanhei pelas redes sociais daqui de Orlando essa corrida. Que maximoo!!!!Maratona Nilson Lima foi sucesso total!!!! Casal maratonista Savazoni voces alem de serem feras na corrida, so feras na escrita kkkk adoro os textos de voces !!!! bjsss