Hoje, por coincidência, logo cedo, dois momentos me fizeram refletir um pouco em uma certeza que tenho bem clara: a relação do peso corporal com a maratona.
Logo cedo, reli o editorial do Tomaz Lourenço na edição de junho da Contra-Relógio sobre a expectativa de conquistar o índice para Boston na Maratona de Porto Alegre, disputada no dia 12 de junho. O que conseguiu com muita sobra, diga-se de passagem.
Segue o trecho que destaco:
“Além de seguir fielmente o treinamento proposto (elaborado pelo fisiologista da CR, Fernando Beltrami, como bem lembrado pelo Tomaz no comentário abaixo), recorri a uma atitude que sempre me ajudou em minhas mais de 40 maratonas: emagrecer! A consequência da perda de peso é sensacional, pois tudo fica mais fácil, as dores desaparecem, as subidas ficam “mais planas”, o cronômetro anda “mais devagar”. Para tanto, usei a simples tática de comer menos, principalmente à noite, e os 72 kg de peso médio dos últimos anos caíram para 67 kg em meados do mês passado, com grande chance de largar em Porto Alegre com 65 kg.”
Tudo a mais ou a menos, é prejudicial. Se baixar muito o peso, também terá problemas, mas chegando em um equilíbrio, uma média ideal, os benefícios serão enormes tanto nos treinos quanto na prova de 42 km.
Após ler o texto, segui para a faculdade. Hoje teríamos apresentação de dança pela manhã que valeria nota para a disciplina (apresentamos o Haka) e, de noite, haverá no teatro (nem pense em pedir filmagens, pois elas não serão exibidas). Para tanto, a troca era de um quilo de alimento por um ingresso. Levei três quilos e, caminhando com esse “peso extra” fiquei imaginando… 3 kg a mais por 42 km… claro que ele estaria dividido pelo corpo e não em uma sacola em minhas mãos, mas três quilos são três quilos!
Para quem está treinando para maratonas ou para quem irá fazer alguma no segundo semestre, vale a reflexão.
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Apenas para reforçar que a obtenção do índice para Boston, com 20 minutos de folga, foi resultado da planilha de 12 semanas proposta pelo articulista de fisiologia da CR, o treinador Fernando Beltrami. Cumpri fielmente o treinamento, até mais rápido do que ele sugeria nos longões, e reduzi em 6 kg meu peso, nos 3 meses de preparação, de 72 para 66 kg, o que foi fundamental para o sucesso em Porto Alegre.
Andre,
Acabei de completar pela primeira vez uma maratona a de Poá e desde que comecei a correr nunca estive no peso que estou, corri a Maratona 9Kg mais leve do que estava no começo do ano e com certeza se estivesse com esses quilos extras tudo seria mais difícil.
Durante a preparação 3 coisas foram muito importantes para mim, treinar muito, dormir bem e reduzir o peso.
Forte abraço.
Esse, Rodrigo, é outro ponto muito bem lembrado e que já escrevi muito aqui no blog. E comento com os amigos. O treino nem se fala, não se discute. Treinar corretamente e bem orientado, é determinante. O peso, com equilíbrio, idem. O descanso. Tocou em um ponto-chave mesmo. As pessoas negligenciam muito o descanso e o sono.
Abraço e parabéns por Porto Alegre
André
Não tenho a menor dúvida que meu peso é meu maior inimigo. Não preciso treinar mais nem menos… só ficar esperto com a balança.
Absolutamente, Dé. Peso é fundamental. É uma das pernas do tripé. Além do peso a menos para se carregar, ingerir um combustível de qualidade vai ajudar muito na performance dos treinos e provas. Ou seja, emagrecer com qualidade.
Quando se pensa em performance e, pensando em corredores experimentados, que buscam aquele 1% safado, peso está numa relação direta com o treino.
Abraços!