A Maratona de Porto Alegre é atualmente no Brasil a prova com melhores condições de obter bons tempos tanto para os experientes quanto para os iniciantes. Isso se deve à união de dois fatores: percurso plano e, principalmente, clima frio (o que, segundo a meteorologia, está garantido para este ano). Assim, por “tabela”, torna-se ideal para quem está atrás do índice para Boston.

Diversos corredores vivem a expectativa de obter os tempos necessários no domingo e, entre eles, está Luís Fernando Luchi, de Florianópolis. Como seria impossível entrevistar a todos, nosso personagem de hoje da série Rumo a Porto Alegre representa esse grupo que sonha em estar na centenária e emocionante maratona norte-americana em 17 de abril de 2017.

“Comecei a correr no final de 2009. Sempre fui ligado a esportes e queria manter a forma. Em 2010, iniciei os treinamentos com uma assessoria aqui de Floripa e não parei mais. Já foram várias meias e 10 km, mas a prova que mais me motiva é realmente a maratona.

Ainda estou começando a acertar na distância. Já quebrei a cara algumas vezes e acertei outras. Minha melhor foi ano passado, em Berlim, com 3h15. Estou treinando para chegar ao sub-3, agora já sob o comando de Marcos Paulo Reis, da MPR. Quem sabe sai ainda este ano…. Vamos ver e treinar.

Porto Alegre não estava no meu calendário. Eu vinha desde o início do ano fazendo uma base para a Maratona de Chicago, em outubro. Como parte do treinamento, corri a Meia de Montevidéu, no Uruguai, e acabou saindo o meu melhor tempo na distância (1h26).

Então, um grupo de amigos, todos com índice para Boston-2017, começou a me “zoar” que eu não tinha índice e não iria com eles. Foi aí que entrou a Maratona de Porto Alegre na história, com objetivo de conseguir o índice e acompanhar a galera ano que vem. Tenho de fazer abaixo de 3h12, pelo menos, devido aos cortes no tempo que vêm ocorrendo anualmente.

O treinador topou o desafio e estou indo para fazer isso. Os treinos encaixaram bem e, se tudo der certo, vou conseguir.”