POR ALEX CUNHA | @alex.bc_nascorridas
Americana é uma cidade de São Paulo, tem 148 anos de fundação e possui pouco mais de 200 mil habitantes. Apesar destes dados estatísticos e da calmaria do lugar, um cara resolveu chamar atenção para si, para um feito inédito para um brasileiro.
Ele é o Hugo Farias, ou @hugofarias365, que resolveu dar uma guinada na vida, deixando o cargo de executivo em uma multinacional para se dedicar a um projeto pessoal (Projeto Propósito), no qual durante o período de um ano cumpriria a rotina de fazer uma corrida com a distância de 42.195 metros por dia. É isso mesmo que você entendeu. Durante um ano, todo os dias, sem interrupção, ele se propôs a correr uma maratona.
Bem, o que eu quero logo adiantar é que ele conseguiu. Neste domingo, dia 27/08/2023, ele realizou a Maratona 365/365. Mas, se você pensa que ele fez essa festa sozinho, está muito enganado. Ele promoveu uma prova para comemorar o feito, com inscrição, número de peito, camisa e medalha.
O kit foi distribuído em uma das unidades do Supermercado São Vicente e veio bem repleto de produtos.
A ÚLTIMA CORRIDA. Sobre o evento, acordei às 3h da manhã, fazia 13 graus. Tudo mostrava que seria uma manhã gelada e isso foi confirmado quando saí do hotel. O vento, que não parou em nenhum momento, ainda deixava a sensação térmica mais baixa, acho que algo por volta dos 10 graus.
A largada foi no Centro Cívico da cidade. O local é bem conservado e amplo, estava repleto de barracas com toda a infra-estrututa necessária ao evento.
O horário da largada estava previsto para às 5h, mas atrasou alguns minutos, pois o Hugo é extremamente acessível e todos queriam fazer fotos com ele.
A mídia esteve presente em todo o evento. Não só no momento da largada, mas durante a prova também.
O circuito escolhido foi um circuito de 7 km usando as pistas da cidade, mas era um trecho fechado, com subidas e descidas, buscando minimizar o impacto de ruas fechadas.
As distâncias oferecidas eram 7, 14, 21 e 42 km. De acordo com a escolha, precisaria repetir o número de voltas. Logo fiquei imaginando como seria difícil passar pelo mesmo local por 6 vezes. Já começaria aí o meu treino mental para não enjoar de ficar correndo no mesmo ponto. Mas, se não tinha remédio, fazer o quê? Vamos pra cima.
Sobre a hidratação, foram instalados 3 pontos no percurso dos 7 km, com água e isotônico. O único problema é que no último terço da maratona, a água acabou em um dos pontos, mas a equipe de apoio, usando bikes, passava avisando e orientando para abastecer com mais quantidade para uso no trajeto.
A largada das demais distâncias foi iniciada às 6h30 e o Hugo correu muito e partiu também com o pelotão de 21 km.
Foi um evento festivo. A ideia foi fazer o povo participar e deu certo, com aproximadamente 1.700 inscritos.
Acho que foi fechado um capítulo importantíssimo, como muitos registros para o esporte amador, principalmente para a maratona, que é o esporte que pratico e tanto amo.
O Hugo quebrou uma série de paradigmas científicos. Trouxe uma situação que a literatura médica poderá ter novos capítulos, talvez até mudança dos conceitos atualmente tão divulgados. Com certeza, com a colaboração dos pesquisadores, em breve teremos novidades, graças a alguém comum que não se contentou em aceitar o impossível. Ele foi lá e fez.
Valeu, Hugo!!! Parabéns!!!!
