20 de setembro de 2024

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Notícias Redação 12 de outubro de 2011 (5) (139)

Mosop e Shobukhova vencem em Chicago. Marilson passa mal e abandona.

Moses Mosop venceu neste domingo a Maratona de Chicago com 2:05:37, confirmando seu favoritismo. A temperatura alta, 18,5°C às 7h30 (horário local), na largada, e a falta de competidores em ritmo forte, inviabilizaram a busca do recorde mundial. Mosop sobrou na disputa e “tirou o pé” a partir do km 35, quando a vitória estava garantida. Mesmo assim, bateu o recorde da prova, que era do compatriota Samuel Wanjiru (morreu neste ano), de 2009, com 2:05:41.

O Quênia comprovou a ampla supremacia em mais uma maratona em 2011. O segundo colocado foi Wesley Korir, com 2:06:15 (tinha 2:08:24 como melhor tempo) e Bernard Kipyego o terceiro, com 2:06:29. Entre outras provas, os quenianos venceram este ano em Paris, Boston, Roterdã, Berlim, Londres e no Mundial de Daegu (Coreia do Sul).

O brasileiro Marilson Gomes dos Santos foi para Chicago com dois objetivos claros: quebrar o recorde sul-americano de Ronaldo da Costa (2:06:05, em Berlim-1998) e garantir antecipadamente o índice para a Olimpíada de Londres (2h16). Marilson começou a passar mal a partir do km 25 e pouco depois decidiu abandonar.

Fernanda Paradizo, que está nos EUA, entrevistou o técnico de Marilson, com exclusividade: “Estava dando tudo certinho, o treinamento inclusive. A gente tinha uma expectativa muito positiva, porque tudo o que a gente planejou ele conseguiu fazer. A ideia aqui é que largasse com 13-14ºC e terminasse a 21ºC, mas foi até uns 26ºC. Mas o pior não foi a temperatura em si – as bebidas que ele estava tomando estavam um pouco quentes por estarem expostas ao calor. Lógico que estava quente para todos, mas o Marilson sentiu indisposição estomacal, que também pode ter a ver com o esforço e a bebida, e ele começou a ter ânsias de vômito. Ele vinha em um ritmo bom 14:55/15:00 para cada 5 km, que daria 2h06, que estava dentro do programado. Mas do km 25 para o 30, ele fez 16:05 e decidiu parar, porque ia sofrer demais.”

Adauto afirmou ainda que Marilson tem convites para correr em Londres ou em Roterdã em abril do ano que vem, mas que certamente vão adotar uma estratégia mais conservadora para assegurar o índice olímpico. A entrevista com Adauto estará na íntegra no podcast Contra-Relógio no Ar desta quarta-feira (12).

No feminino, o show foi da russa Lillya Shobukhova, acumulando marcas de respeito. Venceu com 2:18:20, tornando-se a segunda mulher mais rápida da história (atrás apenas dos dois tempos da britânica Paula Radcliffe), é a primeira tricampeã (e seguida) de Chicago e garantiu presença na Olimpíada de Londres. A etíope Ejegayehu Dibaba foi a segunda colocada, com 2:22:09 e a japonesa Kayoko Fukushi, a terceira, com 2:24:38.

A brasileira Cruz Nonata, aos 37 anos, estreou na maratona com a boa nona posição em Chicago, em 2:35:35. O objetivo era o índice olímpico, para conseguir a marca A da Iaaf (2h37), porém a CBAt faz uma média dos últimos resultados das maratonas e o tempo exigido para ir a Londres é 2:30:07.

Cerca de 35 mil corredores largaram em Chicago e, de acordo com balanço da rede de televisão NBC Chicago, 1 milhão de pessoas assistiram à prova nas ruas.

MARATONA DE BUENOS AIRES

No total, 653 brasileiros completaram a prova portenha, também neste domingo, que teve o queniano Simon Njoroke vencendo em 2:10:24, novo recorde do percurso. Agora, a Maratona de Buenos Aires passa a ser não só a maior – com pouco mais de 5.500 concluíntes, como também a mais rápida da América do Sul. Completando o pódio, Ben Kipruto, com 2:13:00 e Toni Kiprop, com 2:13:12, ambos do Quênia.

Entre as mulheres, a vitória foi a da atleta da casa Andrea Graciano (2:46:34), seguida pela também argentina Karina Neipán (2:46:34) e pela paraguaia Carmen Martinez (2:49:08).

Ouça mais sobre a maratona de Chicago e de Buenos Aires no podcast Contra-Relógio no Ar desta quarta-feira e leia a cobertura completa, com os resultados dos brasileiros, na edição de novembro da Contra-Relógio.

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5 Comments on “Mosop e Shobukhova vencem em Chicago. Marilson passa mal e abandona.

  1. Sei o quanto é duro correr uma maratona.
    Já tenho 5 em meu humilde currículo de corredor.

    Eu já sofri muito mais do que um simples mal estar e terminei a maratona.
    O Marilson desistiu! E estava valendo a classificação antecipada para londres. Teria tempo de sobra para descansar. Pois dificilmente outro maratonas gostaria sua vaga.

    Como amador que sou, já coloquei minha integridade e bom senso em checo somente pelo fato de tentar terminar uma maratona. O profissional, no caso o Marilson, deve dar tudo de si, ele tem muito mais a perder , sem dizer a decepção de nós torcedores ouvir dizer que nosso principal atleta parou.

    Eu teria terminado, mesmo com 5h00.. No caso dele, com 2h15.
    Mas terminaria!

    Amarelou. Essa eh a minha opinião.

    Abraço.

  2. Segue meu relato da minha maratona. Apenas complementando o que falei acima:
    http://angelo-corredor.blogspot.com/2011/05/maratona-de-porto-alegre-de-novo-dor-e.html

  3. Acho que Marilson fez certo. Profissional é profissional. Agora colocar a desculpa no isotônico é demais. Se for assim já tenho desculpa para a minha performace pangaré em todas as provas…Parou foi por que os outros estão em um outro nível e não dá para comparar com os Mosops e Mutais da vida. Logo logo a IAFF faz cotas nos campeonatos rsrsrsrsr

  4. Agora o que fizeram com a Nonata não se fez. A CBAt quer ser mais realista que o rei. E isto em um país que será olímpico…

  5. como amigo pessoal desse fantastico corredor ele não tem que provar ou dar desculpas pois e um cara de um potencial inpar no atletismo e passar mal em uma maratona isso e uma coisa normal vai tomar agua quente e correr pra ver o que dar e assim com os isotonicos e tudo depende do seu dia e completar uma maratona paasando mal e pedir pra sofrer dobrado eu faria o mesmo pararia sim.

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