POR TOMAZ LOURENÇO

Neste fim de semana acontece o evento denominado Maratona do Rio e que compreende 4 provas: no sábado o pessoal dos 21 km larga às 6h, e os do 5 km começam às 9h30; no domingo, a corrida que dá nome e valoriza esse encontro começa às 5h, enquanto a corrida de 10 km às 8h30.

Estive lá no ano passado correndo os 42 km, e achei bem legal a saída a partir das 5h, debaixo de uma garoa e temperatura de 15 graus, que incrivelmente (para o Rio) se manteve durante minhas 5h30 até finalizar. Desta vez, ao que tudo indica (previsão não é precisão, diriam os que ainda acreditam nessas empresas de clima), o tempo não deverá ser tão camarada para os maratonistas.

Eles devem largar, ainda no escuro, com os termômetros marcando uns 16 graus, mas rapidamente a temperatura vai subir, chegando aos 21ºC às 7h e aos 24ºC às 10h, quando estarão chegando aqueles que completam em mais de 5 horas (como eu…).

Dessa forma, a dica é correr não para um determinado tempo-meta, mas sim para um resultado possível, ainda mais que no Rio o ambiente é de alta umidade, que é mais um fator que joga contra a performance. Ou seja, aproveitar o belo visual da ´cidade maravilhosa´ (apesar da milícia…) e finalizar os 42,2 km, quem sabe até conseguindo um resultado para ingresso no Ranking Brasileiro de Maratonistas, organizado por este site.

No ano passado, pouco mais da metade dos 5.043 concluintes conseguiu se ranquear (eu não consegui…), índice que talvez não se repita neste domingo, em função do clima não tão favorável.

Aliás, desde já, um alerta/pedido ao competente e entusiasta João Traven, diretor da Spiridon, responsável pela parte técnica do evento, para que caprichem no abastecimento da maratona, notadamente na segunda parte, pois a sede será muita. No ano passado, em um dos postos de isotônico, por volta do km 30, não havia mais copos (!), quando passavam os corredores mais lentos, o que obrigou os participantes a beber (com a mão) na torneira dos tanques.

Mas de forma geral o abastecimento na Maratona do Rio é muito bom, inclusive com um posto no km 35 oferecendo paçoca de amendoim (junto com água), o que foi um estímulo reconfortante para ser encarar os últimos 7 km.

Boa corrida a todos!

Foto: Pedro Macedo

Tomaz Lourenço é jornalista, 76 anos; lançou a revista Contra-Relógio em outubro de 1993, sendo seu editor até a última edição em abril de 2021. Correu mais de 60 maratonas no Brasil e exterior, além de 2 Comrades; seu recorde nos 42 km foi ao estrear na distância, em Blumenau 1992, com 3h04.