Sem categoria André Savazoni 24 de junho de 2015 (6) (133)

Quanto é comum trapacear em maratonas?

Quem vive no ambiente das corridas (e maratonas) já ouviu histórias (ou até presenciou) de gente cortando caminho, correndo com o número de peito de outro, com dois chips ou com marido/namorado fazendo parte do trecho da mulher/namorada (lembram da confusão do Desafio Boost em São Paulo no ano passado, nesse caso em 10 km + 5 km…?)

Pelo famoso complexo de “vira-latas” ou pelos exemplos diários que acabam justificando esse “preconceito”, criticamos os brasileiros. Talvez, também, pelo nosso boom da corrida (sem comparar com outros países) estar ocorrendo nos últimos anos, isso tenha ficado em evidência. Mas, sim, nos Estados Unidos, há também as sacanagens. E não são poucas.

Uma matéria publicada esta semana no site da Runners World norte-americana exemplifica bem esse “ambiente”. Vale muito a leitura (está em inglês, mas na linguagem do “corredor”, fica fácil o entendimento). Há bons (ou, melhor, maus) exemplos em provas famosas nos EUA, com entrevistas dos organizadores ou diretores. Claro que, obter o índice para Boston (principal sonho de consumo nos 42 km dos americanos), é uma das principais “tramoias”.

O título da matéria é “How Common Is Cheating at Marathons?” “Race directors and industry insiders say a few people every year will try to cut a course or swap bibs”. Clique aqui e leia o texto completo no site da RW dos EUA.

Trocar números de peito e cortar caminho é o “atalho” mais fácil. Para quem fica “chocado”, há casos de brasileiros que correram com dois chips para “classificar” amigos para Boston, para citar um exemplo.

Outras de gente que, cortando uns 10 km em algum trecho possível, contabiliza mais uma maratona completa e, “orgulhosamente”, exibe medalha de… conclusão!

Em uma das partes do texto, há a citação de Boston que aceita as maratonas que sejam aferidas pelas federações de  o país, porém, nesse caso, muitas não têm os tapetes de controle a cada 5 km (desclassificando quem não passa por eles), por exemplo, o que em tese seria uma facilidade aos “golpes”. Por outro lado, uma medida dessas puniria milhares de maratonistas pois muitas provas seriam deixadas de lado.

Para quem gosta de treinar, correr e desafiar-se, sem sacanagens, vale muito a leitura, pois é uma realidade que acaba vindo em nossa direção.

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6 Comments on “Quanto é comum trapacear em maratonas?

  1. Ja corri varias provas com numero de peito de outra pessoa… nunca pra classificar,porem nunca roubei numa prova… e ja perdi um registro de tempo em POA pois nao registraram meu tempo… e fiz a prova completa. Ainda bem que o Garmim ta la e nao me deixa mentir… Porem confesso que foi frustrante. Se inscrever virou investimento… ja “ganhei” varias inscricoes e “doei” varias… o importante e fazer a prova!!!!

  2. André, já me ocorreu duas vezes de estar inscrito, não poder viajar para correr a prova e meu nome aparecer no resultado.
    Domingo passado não pude ir em uma prova de 5 km na qual estava inscrito em são Francisco do Sul-SC.
    Olhando os resultado descobri que fiquei em 11 no geral e 2 na FE com o tempo de 19´50″.Pelo menos o tempo foi bem compatível com o que estou fazendo no momento…rsrsrs..

  3. Julio Cesar parece que você olho no site errado : http://km.esp.br/Interface/Resultados.php , você não aparece nas listas

  4. Isto nos mostra que na Volta Internacional da Pampulha, mostra a filmagem de quem esta completando a prova, se trocar o chip pode ser desmascarado, pela filmagem.

  5. ….Para mim que corro a 13 anos acho muito estranho uma pessoa que faz isso para ganhar uns trocados ou para conseguir índice para outra prova, pois está enganando a si mesma, além de prejudicar o colega que treinou e se dedicou mais que estes malandros…

  6. O que não falta é Paulo Maluf no pedaço rssss são muito cara de pauuu !!!! Tens uns que nem pagam te atrapalha o na largada e ainda tem a cara de pegar a água que vc pagou e ainda te respondem “a rua é um espaço público faço o que eu quiser”

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