Notícias admin 26 de março de 2017 (0) (108)

18ª Volta da Pampulha

Duas provas simbolizam uma grande festa de encerramento de ano esportivo: a tradicional Corrida Internacional de São Silvestre, no dia 31 de dezembro, e uma prévia, a Volta Internacional da Pampulha, no mesmo mês, em BH, ambas organizadas pela Yescom. Nas primeiras edições, não havia uma data estipulada para a prova mineira (chegou a ser disputada em fevereiro e agosto, por exemplo), mas desde que ficou com o período fixo no primeiro domingo de dezembro, tornou-se uma confraternização esportiva das assessorias e grupos de corredores mineiros, mas também atraindo corredores de todo o país.
Outro fator que deixou a Volta da Pampulha ainda mais emotiva este ano foram as homenagens tanto dos organizadores quanto dos corredores às vítimas do avião da Chapecoense. Antes da largada, que ocorreu às 8h, o diretor de prova, Manuel Garcia Arroyo, leu um texto e foi feito um minuto de silêncio, deixando todos bastante comovidos. Camisas em homenagem ao clube catarinense, com faixas e mensagens de apoio, foram vistas ao longo dos 18 km.
O assinante José Maria Júnior, de Atibaia, estreou na Pampulha neste ano, correndo ao lado da namorada, Vivian, já "experiente" na corrida mineira. A fama e o clima festivo fizeram o casal sair do interior paulista para ir até Belo Horizonte, em um ritual repetido por corredores de todas as regiões brasileiras. "Achei uma prova deliciosa, o clima ajudou porque choveu antes e amenizou o calor", lembrou José Maria.
Nos últimos anos, a Volta da Pampulha teve a alta temperatura como um problema, porém nesta 18ª edição a temperatura não atrapalhou. "Foi emocionante todo o evento por causa da situação da Chapecoense, realmente, mas também porque havia vários deficientes e pessoas idosas participando. Pelo que senti, para os mineiros, é a grande prova para se autodesafiar."
Nessa questão do que representa a Volta da Pampulha para os mineiros, o treinador Marcelo Camargo exemplifica bem. "Especificamente para o belo-horizontino é correr no quintal de casa! A Lagoa é um dos nossos locais queridos de treinamento, principalmente os longos de final de semana. A prova é ‘quase obrigatória' para os mineiros. Apesar do crescimento a cada ano e da limitação de espaço devido à via estreita, não deixamos de participar. Este ano completei a minha 15ª e voltarei sempre. Foi a maior presença em número de atletas do nosso grupo (60 corredores) e já colocamos a Pampulha como a prova de confraternização e fechamento do ano para a equipe em 2017, 2018…", afirmou Marcelo.
Sem essa experiência de 15 edições e como estreante na Pampulha, José Maria aprovou a estrutura do evento. "Sobre a entrega dos kits, não posso reclamar de nada. Tinha fila sim, mas muito rápida; a feira acontecer no Mineirão ajudou também, pois estava tudo bem amplo. Durante a prova, tudo perfeito; muitos banheiros na área de concentração, mas senti falta de um posto de cronometragem no meio do percurso. A medalha também era bem bonita", completou o corredor.
Um ponto que não muda é o comportamento de alguns corredores. "O pessoal não respeita mesmo. Pulam a grade para largar mais na frente (inclusive gente de assessorias) e nem se preocupam com quem já estava lá desde mais cedo para se posicionar melhor. Houve também apresentações de bandas durante o trajeto. Minha namorada, que correu no ano passado, disse que o evento como um todo melhorou bastante, principalmente na área da dispersão", disse o assinante, que concluiu a Volta da Pampulha em 1h29.

PENTA DE GIOVANI – Na elite, a festa foi do mineiro Giovani dos Santos, pentacampeão da Volta da Pampulha. Desde 2012, só dá ele na primeira colocação. Desta vez, venceu com 52:55, deixando o queniano Paul Kimutai em segundo lugar (53:15). Entre as mulheres, destaque para Josiane Cardoso dos Santos (1:02:23). Ela, que tinha vencido em 2014, chegou atrás somente da tanzaniana Angelina Tsere, ganhadora com 1:02:04.
Resultados completos em www.yescom.com.br.

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