A Maratona de Porto Alegre tem a fama de ser a melhor no Brasil para resultados rápidos, pelo seu percurso plano e temperaturas baixas, aliada a uma boa organização. E isso tem se comprovado nos últimos anos, sendo sempre lá onde o maior número (proporcionalmente ao total) de concluintes obtém índice para ingresso no seletivo Ranking de Maratonistas, recém atualizado aqui no site, com os dados de PoA e Rio.
Historicamente, esse percentual tem ficado em torno de 50%, contra uma média de 30% das outras maratonas oficiais no país. Mas neste ano foram 60%, talvez pela ajuda do frio no dia, com os termômetros ficando em torno de 10 graus. Este detalhe é mesmo fundamental e todos que já correram com essa temperatura sentem os benefícios, que resultam geralmente em excelentes marcas e recordes pessoais.
Naturalmente que o treinamento e o condicionamento de cada um continuam sendo o principal fator, como se constata em provas não tão favoráveis em percurso e clima, como a organizada pelo Sesc-PR em Foz do Iguaçu, mas que reúne corredores competitivos, pouco afetados por condições adversas.
Essa maratona, que acontece dia 25/09, é uma das duas (a outra é a de Manaus) únicas a oferecer premiação em dinheiro nas faixas etárias, fato comum há alguns anos, atraindo verdadeiros atletas, que conseguem lá resultados sensacionais, como Vitor Queranza, que marcou 3:00:53 em Foz 2019, aos 65 anos!
Aliás, este editor conseguiu se ranquear nesse ano também lá, com 4h45, ficando em 4ª em sua faixa etária (70/74 anos). Na última maratona presencial de Foz do Iguaçu, 43,5% dos concluintes se ranqueou, contra a média nacional de 30,3% em 2019. Vale destacar ainda a prova de Uberlândia, em homenagem ao maratonista Nilson Lima, que reúne muita gente bem preparada, daí seu índice de 44,8%.
RIO DE JANEIRO
Em relação a outra maratona levada em conta na segunda atualização do RANKING, já disponível aqui no site (basta clicar em RANKING 2022 lá no alto à direita), a do Rio de Janeiro, igualmente foram ótimas as marcas alcançadas e também pela ajuda do clima, chuvoso e com temperatura de 19 graus o tempo todo, o que é incomum na Cidade Maravilhosa.
A consequência foi o recorde de 35,6% de concluintes ranqueados, contra os 23,6% de 2019. Além do termômetro favorável, colabora no Rio o percurso todo plano e a excelente organização, sem contar o fato de se correr o tempo todo com muita gente ao lado, o que sempre é estimulante. A maratona carioca continua sendo a maior do Brasil, mesmo tendo
ocorrido uma queda de participantes neste ano.
Porém, fica mantido que o mais importante é mesmo uma boa preparação prévia, como eu verifiquei dia 19/06, ao fechar os 42 km em 5h37, quando precisava chegar antes de 5h10, índice de minha faixa 75/79 anos. Mas ainda vou tentar me ranquear, em uma das várias opções do segundo semestre.
Obs.: No Rio, dos 1.048 que fizeram os 42 km do Desafio, 345 se ranquearam (32,9%), aparecendo nas listagens do RANKING como RIO – D. Já entre os outros 3.995 concluintes, 1.452 (36,3%) conseguiram marcas abaixo dos tempos-limite, dando então a média de 35,6%.