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Notícias zDestaque Centro Tomaz Lourenço 7 de abril de 2022 (0) (272)

Escolher qual maratona é muito mais complicado que decidir por 10, 15 ou 21 km

Quando se trata de provas de pequena ou média distância, a altimetria do percurso, a temperatura prevista, o abastecimento ou mesmo o grau de eficiência da organização têm logicamente importância, mas nada que seja fundamental para a decisão de se inscrever ou não.

Já quando o que está em jogo é a participação em uma maratona, a coisa muda de figura, porque os fatores acima podem ser decisivos para uma boa ou má performance durante os 42 km. Aliás, a questão é mesmo esse famoso número, que multiplica para mais ou para menos os 4 aspectos citados no começo do artigo.

Se o percurso tem muito sobe e desce, mas são apenas 10 km, tudo bem; se forem 15 km ou mesmo 21 km já atrapalha um pouco, mas nada para ficar muito preocupado. O mesmo vale para a temperatura, que não sobe em demasia se o tempo de corrida não passar de 2 ou 3 horas, mesmo porque as provas têm largado cedo, por exigência do trânsito local.

Na mesma linha de raciocínio está o abastecimento no percurso, que nos 10 km é nada preocupante, podendo até ser nulo, que não vai afetar muito os corredores. Em situação totalmente inversa, esse aspecto é absolutamente fundamental em uma maratona, sendo mesmo um diferencial que deve ser levado em conta pelos corredores.

Do mesmo jeito, a eficiência da organização ganha outro grau de atenção quando envolve um evento de 42 km e não de uma distância menor. Filas na entrega dos kits nunca são desejadas, mas em uma maratona elas são terríveis, porque os participantes precisam se poupar ao extremo, nos dias anteriores à corrida.

Enquanto nas de pequena e média distância é possível prever, com certo grau de certeza, o tempo em que se fechará o percurso, nas maratonas isso sempre é uma grande dúvida. O problema da dificuldade em se fazer previsão são os 42 km, ou seja, qualquer dificuldade que surja será potencializada pelo longo período em que se estará correndo.

Isso vale tanto para uma lesão ou cãibra que resolva aparecer, como para a adoção de um ritmo acima do que se está efetivamente preparado, com a consequente “quebra”. Como fatores externos, um abastecimento falho em maratona vai deixando sequelas no corpo (além de irritação com a organização…) e pior ainda é o aumento gradual da temperatura ambiente, daí maratonistas sempre procurarem provas em clima frio ou que larguem bem cedo.

Agora que os corredores estão definindo onde irão encarar o desafio dos 42 km em 2022, é também o momento de pesquisar sobre as opções que se apresentam, aqui e lá fora, para que o longo período de treinamento não seja jogado fora em uma maratona que, ao invés de ajudar os participantes, cria ainda mais obstáculos antes e durante o grande dia.

PESQUISEM! Em caso de dúvidas, estamos por aqui para tentar esclarecê-las! E nas edições digitalizadas da revista Contra-Relógio, disponíveis no site, cobertura de mais de uma centena de maratonas e meias no Brasil e exterior, com muitas informações sobre elas.

Na FOTO de abertura (crédito Fernanda Paradizo), a Maratona de Nova York, a mais desejada do mundo e consequentemente também a mais cara e difícil para participar.

Tomaz Lourenço – 60 maratonas aqui e lá fora e algumas ultras.
tomaz@novosite.contrarelogio.com.br

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